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SEÇÃO
Crônicas
30/08/2006 - 12h00
Às nossas primeiras-damas
Mariella Augusta
 

Parece-me que a história mostra que as mães de alguns tiranos foram determinantes em seus destinos públicos. De Nero tenho certeza; quem poderia esquecer a imortal Agripina?

Pinochet e Hitler, só tenho de orelhada. Mas os casos me pareceram verossímeis.
 
Quando não é a mãe é a mulher - Cleópatra que infundia desejos do leito ao topo de um Império que já existia. Lisístrata que nos fazendo rir quer parar uma guerra boicotando os prazeres conjugais.

No Meu Guri, nosso Chico alerta para a mãe que se cega as pilantragens do filho que lhe cobre de mimos desonestos.
 
Assim, com a prodigalidade de exemplos que uma crônica comporta, chamo pelas mulheres que zelam por e amam nossos famigerados políticos.

Rogo-lhes: queiram saber de quem são as cadernetas, que como presente, vão as identificar. Aprendam a não aceitar milagres sem santos. E não sendo por virtude, como sonha o triste Hamlet, seja porque têm compaixão de seus filhos, ou de seus nomes. Já que dificilmente o seria pela Pátria. Talvez o amor à Pátria tenha morrido com os estados modernos, nos versos de um renascentista, fiorentino de nascimento, devoto e apaixonado.

Peço que como mulheres tenham um grande útero materno e eduquem seus maridos que têm, por sua vez, a maior das lutas - a contenda deles com eles mesmos e que reverbera nas praças e nos periódicos.

Assemelhem-se às grandes heroínas. Que suas dignidades pesem tanto quanto o punhal da bela Madame Butterfly. Que queiram dormir com príncipes, como toda mulher comum, e não com os ratos. E se a Pátria morreu com os românticos, ao menos não morra a senhora que eles sonharam, e que será sempre uma alva donzela em seus corações.

Desejem ambiciosamente a posteridade em glória de seus companheiros - sabendo que não há outra. Pois há um gigante sangrando em suas fronteiras, agonizando à espera de afeto.


Nota do Editor: Mariella Augusta é Bacharel em Direito, mestranda da FFLCH (USP), escritora, autora de "O Fio de Cloto", livro de contos prefaciado por Bruno Fregni Basseto, grande filólogo e vencedor do Prêmio Jabuti. Publicou crônicas no "Jornal das Artes" e artigos em várias revistas acadêmicas.

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