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Opinião
06/09/2006 - 15h08
Democratização (?) dos meios de comunicação
Arthur Chagas Diniz - MSM
 

Texto que está sendo discutido nas hostes petistas prevê o que o Partidão chama de "democratização dos meios de comunicação". Não é a primeira tentativa. Esta falhou porque a sociedade repeliu as tentativas de controle de opinião através da ANCINAV (Agência Nacional do Audiovisual) e da criação do CNJ (Conselho Nacional de Jornalismo), recheado de petistas.

Agora a proposta, com rigorosamente os mesmos objetivos, tem um modelo diferente. Assim, por exemplo, o projeto petista seria o de desconcentração da propriedade dos meios de comunicação. Lulla tem reclamado, durante todo o seu mandato, de se sentir perseguido pela imprensa (leia-se ’Veja’), que promoveria sua perseguição pela elite.

Ora, Lulla sabe, como infelizmente todos sabemos, que a TV só faz sucesso com programas de acesso ao nível médio da cultura da população, que é muito baixo. E a TV faz isso porque ela depende dos anunciantes e quem anuncia produtos especialmente perecíveis ou organizações de varejo precisam de mídia de grande penetração. Ao contrário de jornais e revistas que, majoritariamente escrevem para os de melhor nível cultural, a televisão, com raras e honrosas exceções, trabalha pensando em público de baixa qualificação intelectual. Ajuda a formar hábito, sim, por vezes até abusa nos seus formatos mais populares (novela, por exemplo) de tratamento de excentricidades como se se tratassem de coisas comuns. Mas, até por serem concessões do Estado, as televisões não se aprofundam na coisa política. Se a TV Globo, por exemplo, tivesse feito as reportagens que a revista VEJA fez, sobre Sanguessugas, Mensaleiros e Bingueiros, ou teria saído do ar ou Lulla teria sido cassado.

Assim, quando o projeto petista fala em "criar mecanismos legais que efetivamente coíbam a concentração de propriedade e de produção de conteúdos e o desequilíbrio concorrencial, garantindo a competitividade, a pluralidade, a diversidade e a concorrência", o recado é para a TV Globo. Aliás, o processo de avisar o que pretende fazer (Sílvio Pereira, Zé Dirceu) é um método dissuasivo extremamente usado pelos petistas. É comum a essa gente dizer qual é o custo de alguém fazer alguma coisa que julgue contrariar aos mesmos.

Há ainda, no mesmo projeto, alguns itens que merecem reflexão, especialmente a criação de conselhos "populares" (leia-se "petistas" e "sindicalistas") para participar do processo de renovação e outorga de concessões de rádio e TV. Seria cômico, se petistas não olhassem como coisa séria, incluir mudanças na legislação para assegurar mais "equilíbrio" e proporção na cobertura e mídia eletrônica. Ora, Lulla deveria dar-se por muito satisfeito com o que lhe está ocorrendo no momento: líder disparado nas pesquisas de intenção de voto, elevado nível de aprovação pública, apesar de todas as confusões e roubalheiras em que seu ministério e seu PT estiveram envolvidos.

Democratizar a mídia, quando se fala em PT, é interferir, gerir e privilegiar amigos. Democratizar é ter a mídia a favor.

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