12/09/2025  12h51
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
15/09/2006 - 05h50
Onde eu estava
José Nivaldo Cordeiro - Parlata
 

Em 11 de setembro de 2001, pouco depois das 9:00 da manhã desci as escadas do escritório da livraria que administrava no Shopping Market Place, em São Paulo. Passei pelo aparelho de TV, ligado, e um funcionário me chamou a atenção para as imagens então exibidas, de um avião que acabara de se chocar (na verdade, penetrar) em uma das torres gêmeas de Nova York. Exclamei: "- Mas que piloto ‘barbeiro’, só poderia ser um teco-teco". Ledo engano. Pedi um café e fiquei a ver as imagens quando, inesperadamente, o segundo avião colidiu com a segunda torre. Dei-me conta de que estava diante de um fato histórico sobranceiro, sensacional. Fui testemunha ocular dos atentados em tempo real, mesmo situado a milhares de quilômetros de distância.

Foi um dia de infâmia para a humanidade e, claro, especialmente para os EUA, apenas comparável ao ataque a Pearl Harbour, em 1941. Aquilo me enojou de um tanto que me doía nos dias que se seguiram a demora da reação do governo norte-americano, que sensatamente esperou reunir provas para não responsabilizar inocentes.

Tenho lido muitas críticas negativas, à direita e à esquerda, às reações do governo liderado por George W. Bush aos atentados. Pois eu penso o contrário. Se critico Bush o faço por entender que sua reação foi moderada, em face da ousadia e da covardia dos atentados, em face do grande número de inocentes mortos. Fez o certo com os talebans do Afeganistão e com a gang de Saddam Husssein, no Iraque, livrando seu povo da ditadura sanguinária. Só acho que vacilou no enfrentamento da ditadura xiita da Pérsia. Teria que ter sido feito esforço equivalente para livrar aquele simpático país da gang sacerdotal que o controla. Por não tê-lo feito no tempo certo hoje o mundo se depara com a possibilidade de um governo de gangsteres, enriquecido pelas altas dos preços do petróleo, dominar a tecnologia de explosão nuclear e a de vetores de lançamento, armas de valor apocalíptico e que farão do feito de Osama Bin Laden um filminho de terror da seção das tardes de domingo exibido para crianças menores.

A vida do Ocidente mudou para pior, e de forma permanente. Viajar transformou-se em um transtorno. Eu, que tanto admiro os EUA, me recuso a me submeter ao ritual de obtenção de vistos para fazer turismo àquele país. Mas viagens são apenas um dos pontos de um rosário de problemas práticos que a longa mão do terror islâmico impôs ao Ocidente. Qualquer ajuntamento de pessoas pode ser um alvo, tanto na Europa quanto nos EUA. Vimos o que houve na Espanha, na França, na Rússia, na Inglaterra. A Europa dorme e acorda sobressaltada com a possibilidade de um ataque terrorista em grande escala. É uma questão de tempo que o mesmo aconteça.

Entendo que estamos vivendo mesmo a tal guerra de civilizações. O mundo islâmico recusa o modo de vida do Ocidente, que é visivelmente superior ao seu. Aqui há liberdade, que consiste precisamente na liberdade que usufruem nossas mulheres para realizarem suas potencialidades, sejam profissionais, sejam acadêmicas, sejam familiares ou de qualquer natureza. O Islã não pode tolerar essa liberdade, pois vampiriza suas energias da escravidão, sobretudo da feminina. Essa é a fonte de todo o ódio, agravado pelo sentimento de inferioridade em relação à tecnologia ocidental, à prosperidade ocidental e - por derradeiro e não menos importante - ao sucesso militar e social do Estado de Israel.

O Ocidente está condenado não apenas a conviver com o terrorismo, mas também com a necessidade de combatê-lo, sobretudo em seu próprio terreno, que são os Estados facínoras que lhe financiam e lhe dão os meios técnicos e operacionais para alcançarem seus objetivos. Gostemos ou não, o Ocidente como um todo foi tornado alvo e quando falo Ocidente refiro-me a todos os países caudatários da civilização cristã. Estamos em guerra e, como qualquer guerra, terá um vencedor. Parece-me evidente que o Ocidente haverá de triunfar, ainda uma vez, como tem feito com o Islã desde a Guerra da Reconquista.


Nota do Editor: José Nivaldo Cordeiro é Executivo, nascido no Ceará. Reside atualmente em São Paulo. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias coletivistas. É um dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos diários para diversos jornais e sites nacionais. É Diretor da ANL - Associação Nacional de Livrarias.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.