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Medicina e Saúde
15/09/2006 - 11h14
Garantia de boa visão na terceira idade
Renato Neves
 

O aumento de doenças oculares relacionadas ao envelhecimento da população tem sido foco de preocupação de cientistas, pesquisadores e da indústria de tecnologia voltada à saúde. Afinal, ter uma visão saudável é fundamental para desfrutar os anos outonais.

As principais doenças oculares relacionadas ao envelhecimento são catarata, glaucoma e degeneração macular. O aumento da expectativa de vida está diretamente ligado a um índice espantoso de idosos com doenças da visão relacionadas ao próprio envelhecimento.

Catarata

Um novo tipo de lente intraocular (LIO) começa a ser implantado em cirurgias de catarata. A vantagem das novas lentes é que dispensam o uso de óculos após o procedimento cirúrgico. Além de ser um procedimento seguro, as lentes intraoculares implantadas depois da cirurgia têm a função de ajustar a visão conforme a necessidade do momento. O avanço, agora, é que o ajuste é tão satisfatório com a nova geração de lentes, que dispensa o uso de óculos para perto ou para longe em 98% dos casos.

De acordo com a Academia Americana de Oftalmologia, mais de vinte milhões de pessoas acima dos 40 anos sofrem de catarata e 90% da população adulta será portadora da doença depois dos 70. No Brasil, embora não haja estatísticas oficiais, sabe-se que pelo menos a metade dos idosos sofre da doença, em que a lente do cristalino vai ficando opaca e esbranquiçada, diminuindo visão da pessoa.

Apesar de o fator hereditariedade estar bastante relacionado com a causa da catarata, a doença vem aumentando e preocupando especialistas por outros motivos. É o caso daqueles que fazem uso de determinados medicamentos que aumentam o risco de complicações na visão, como cortisona e esteróides, pessoas que tomam sol inadvertidamente, ou mesmo aqueles que ingerem muito sal na alimentação, fumam e consomem muito álcool.

A catarata avança aos poucos. O portador pode sofrer alterações na visão durante meses ou anos sem se dar conta da gravidade da questão. Na fase inicial da doença, o paciente nota maior facilidade para enxergar de perto, que progride para uma maior sensibilidade à luz e, principalmente, aos reflexos e brilhos à noite, visão embaçada, sensação de que as cores estão desbotadas e mudanças na cor da pupila. Esse avanço progressivo impede a pessoa de realizar tarefas simples, como ler ou dirigir.

Glaucoma

O glaucoma é uma das principais causas de cegueira, ao lado da degeneração macular. Nos Estados Unidos, há pelo menos dois milhões de pessoas com a doença. Dessas, 900 mil são dadas como incapacitadas e 80 mil como legalmente cegas. Como é uma doença silenciosa e que pode ter início bem antes de o paciente entrar para a terceira idade, os exames regulares são parte da prevenção.

Quando a pressão ocular está muito alta, podem ocorrer danos ao nervo ótico - formado por um conjunto de fibras óticas que emitem sinais ao cérebro. Esses danos podem inicialmente formar pontos cegos nas regiões periféricas do olho e causar a cegueira lateral. Esse é um dos principais sinais do glaucoma, que já pode ser detectado precocemente com um tomógrafo de última geração, o OCT (Optical Coherence Tomography).

Degeneração Macular

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI), que muitos, erroneamente, dizem levar à cegueira, na verdade é uma doença que, em seu estágio mais avançado, leva à perda de visão central, impedindo o paciente de ler, escrever, assistir televisão, ou mesmo realizar certos trabalhos manuais. A pessoa continua andando e comendo sozinha, por exemplo, por conta da preservação da sua visão periférica, mas o que depende do alinhamento que se dá na parte da frente da retina fica comprometido.

Relativamente nova, a DMRI é uma doença degenerativa que acomete pessoas após os 60 anos e ainda não conta com tratamentos eficientes e acessíveis. Terapia fotodinâmica e fotocoagulação a laser podem ser empregadas para prolongar a vida útil da visão, mas são muito onerosos. Os pacientes contam com algumas alternativas de prevenção: alimentação balanceada, hábitos saudáveis e ingestão suplementos vitamínicos - já disponíveis no Brasil.


Nota do Editor: Renato Neves é médico oftalmologista, presidente da Fundação Eye Care.

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