Não é novidade para ninguém: a mulher vem conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Tal fato é notório e teve início gradativamente na década de 70. Como conseqüência natural desse crescimento quantitativo, veio o salto qualitativo, o qual demarcou nitidamente, desde a década de 90, o espaço da mulher no mercado de trabalho. Se antigamente a mulher almejava apenas ser professora ou secretária, isto é, estava limitada a ter somente duas ambições ou a ser apenas mais uma dentro da turma, a década de 90 demonstrou que ela poderia ser a chefe da turma, passando a ocupar cargos de topo, como alta gerência e diretoria. E assim, passando a freqüentar faculdades que historicamente eram de predominância masculina, como Direito, Jornalismo e Psicologia, e verificando que tais áreas encontravam-se saturadas, a mulher voltou-se para o curso de Administração de Empresas, disciplina superior que havia ficado à parte, esquecida. Há doze anos as mulheres representavam apenas 21% do total de administradores formados. Já em 1998 este número subiu para 25%; chegando a 30% em 2003 e a 33% nos dias atuais. O motivo é que, com a sagacidade que lhes é peculiar, as mulheres perceberam que a quase totalidade dos cursos superiores é específica, e que, das áreas profissionalizantes, a mais generalista e a menos limitante é a de Administração de Empresas. De fato. O curso mais globalizado verdadeiramente é o de Administração. Por isso, quando um jovem do sexo masculino nos pede um conselho acerca da profissão a seguir, costumamos dizer: "Preste atenção ao que as mulheres estão fazendo. Para escalar degraus em tão pouco tempo, elas cursam Administração de Empresas - e não erram". Nota do Editor: Sylvia Romano é advogada trabalhista, responsável pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em São Paulo.
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