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Opinião
18/09/2006 - 11h21
Denuncismo esperado
José Nivaldo Cordeiro - MSM
 

A revista ISTO É provavelmente está fazendo o último grande gesto desse primeiro turno das eleições ao apresentar a bombástica notícia de que o candidato José Serra estaria envolvido com a chamada máfia dos Sanguessugas. Notícia suspeitíssima, vez que tardia e em véspera das eleições. Se o fato tivesse vindo a público no início da divulgação das investigações haveria que se dar seriedade a ele. Vindo agora, e sobretudo depois de um sujeito ter sido feito prisioneiro portando uma montanha de dinheiro, obtido supostamente pela venda do dossiê anti-Serra, tudo mostra ser uma armação eleitoreira, possivelmente criminosa.

Esse tipo de movimento, embora sempre esperado, deve ser analisado no contexto do duplo desespero dos dirigentes da campanha do PT. De um lado, eles precisam levar a campanha do Estado de São Paulo para o segundo turno, tarefa cada vez mais difícil, vez que seus instrumentos principais de campanha, a propaganda mentirosa e a tal bolsa-família, não têm surtido por aqui o efeito esperado. Em São Paulo se concentra a mais vasta classe média do Brasil, os maiores salários e a maior escolaridade (em termos absolutos), de sorte que a chance parece perdida. Sem São Paulo sob a sua batuta o possível segundo mandato de Lula ficará sem uma das suas pernas principais, atrapalhando os planos "estratégicos" do PT.

Do outro, os dados divulgados das pesquisas mais recentes, quando analisados com cuidado, mostram a possibilidade de haver um segundo turno no pleito presidencial. Isso torna perigosa a chance da reeleição. Um segundo turno iguala os candidatos, obriga a existência de debates francos, desqualificando quem vive da farsa e dá mais tempo para que o nome das oposições seja melhor trabalhado junto ao eleitorado mais periférico. Um cenário assim anula todas as vantagens de Lula, abrindo a possibilidade de uma derrota histórica.

Por "estratégico" entenda-se a formatação do sistema jurídico do País ao perfil "mais" socialista perseguido pelo PT, a concentração das forças estatais sob seu comando, em especial e enorme e bem treinada polícia paulista, a capacidade de gastos do maior Estado da Federação e - muito importante - o comando sobre a maior bancada no Congresso Nacional. Não é pouca coisa que está em jogo.

O tiro, todavia, pode ter saído pela culatra. As sucessivas eleições que temos tido vacinaram o eleitorado contra esse tipo de expediente, pelo menos aquela sua parcela mais consciente, que repudia essa baixeza. Meu prognóstico é que ambos os candidatos do PT sairão perdendo com a manobra, que além de desacreditada foi mal feita.


Nota do Editor: José Nivaldo Cordeiro é economista e mestre em Administração de Empresas na FGV-SP.

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