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Medicina e Saúde
18/09/2006 - 12h29
Médicos não sabem tratar tabagismo
 
 
Estudo inédito com cerca de 2.800 médicos foi apresentado durante Congresso Mundial de Cardiologia, em Barcelona

Levantamento feito em 16 países, com aproximadamente 2.800 médicos - fumantes e não-fumantes - revelou que a maioria desses profissionais sente que precisa de orientação para tratar pacientes tabagistas. Embora quase 90% recomendem o abandono do cigarro, apenas 47% elaboram com seus pacientes um plano efetivo para atingir essa meta. Em média, um médico passa seis minutos da consulta conversando sobre o tema com seus pacientes fumantes.

Os resultados fazem parte do estudo STOP (Smoking: The Opinion of Physicians), feito pela Pfizer, que avaliou a opinião dos médicos sobre tabagismo. A pesquisa, apresentada durante o Congresso Mundial de Cardiologia, que aconteceu este mês em Barcelona, foi realizada no Canadá, França, Alemanha, Grécia, Itália, Japão, Coréia, México, Holanda, Polônia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. Foram entrevistados clínicos gerais e médicos de família.

Desculpas para a falta de iniciativa dos médicos com relação ao tratamento do tabagismo não faltaram: metade alegou não ter tempo, 46% priorizam outra condição médica e 38% afirmaram não ter o treinamento adequado para ajudar os pacientes a parar de fumar. Segundo eles, tratar o tabagismo só perde para a obesidade em nível de dificuldade. Apesar de reconhecer o forte grau de dependência da nicotina, 92% dos médicos concordam que o abandono do cigarro depende principalmente da força de vontade dos fumantes.

Mas o cigarro é, na opinião dos médicos, o fator que causará maior dano ao paciente a longo prazo. O fumo levou o primeiro lugar com uma larga vantagem sobre os demais fatores de risco: sedentarismo, dieta inadequada, consumo de álcool e obesidade. Mais de 80% dos médicos consideram o fumo uma condição médica. E 86% deles acreditam que a cessação do tabagismo representa o maior passo para melhorar a saúde geral do fumante e de toda a população.

Cerca de 20% dos médicos, no entanto, consideram que fumar não é um problema de saúde, mas uma opção. É um dado assustador diante das evidências de que o vício pelo cigarro é tão forte quanto à dependência de drogas ilícitas ou de álcool.

Aproximadamente 80% dos especialistas dizem acreditar que medicamentos efetivos poderiam ajudar seus pacientes a abandonar o cigarro.

Médicos fumantes

Os médicos tabagistas entrevistados na pesquisa fumam em média 12 cigarros por dia há cerca de 20 anos. A maioria já tentou parar de fumar uma vez. Outros 20% já tentaram de três a cinco vezes, mas a maioria não procurou ajuda nem usou tratamento. Um dado chocante, entretanto, é que 30% nunca tentou parar de fumar.

A pesquisa revela que, para a própria classe médica, profissionais fumantes e não-fumantes estão igualmente qualificados a tratar o tabagismo. Será? Como o fato de ser fumante influenciou as respostas dos médicos? Os profissionais que fumam tinham uma probabilidade menor que os não-fumantes de:

· Considerar o tabagismo uma condição médica.

· Citar o cigarro como a atividade mais prejudicial à saúde.

· Discutir o cigarro durante a consulta médica.

· Recomendar seus pacientes a parar de fumar.

· Discutir os riscos do cigarro durante a consulta médica.

· Ajudar seus pacientes a parar de fumar.

· Dizer que tem tempo para ajudar seus pacientes a parar de fumar.

· Dizer que não há outras prioridades a serem tratadas.

O tabagismo é a principal causa evitável de morte global, respondendo direta ou indiretamente por 5 milhões de mortes por ano, ou 20% das causas de óbito. No Brasil, 200 mil pessoas morrem por ano em decorrência do tabagismo.

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