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Opinião
28/09/2006 - 11h01
E do que ele sabia?
Klauber Cristofen Pires - Parlata
 

Esta é uma semana contundentemente decisiva para o Brasil. Mais do que o entristecimento que dói na alma, pelo voto de cabresto do século XXI, institucionalizado e aprovado pelas massas que abdicaram da própria dignidade, persevera a preocupação de pensar que, se não conseguirmos provocar uma mudança de curso, este comportamento passivista e esmoléu venha a sedimentar-se definitivamente na alma da população mais humilde, garantindo a manutenção de regimes populistas e autoritaristas.

Não é uma questão de política, apenas. É um mergulho cultural, praticamente civilizacional, do qual é razoável pensar que os vivos de hoje não vejam o retorno.

Os que esperam, aflitos, por um segundo turno escoram-se no histórico evento do referendo das armas como a profecia animadora, mas olvidam que, naquela ocasião, somente havia um direito a perder, isto é, não havia um "nano-mensalinho" de contrapeso.

Entrementes, há fatos que trazem notícias reconfortantes, quais sejam, os frutos da arrogância prepotente que nos trazem, gratuitamente, os próprios erros dos seus protagonistas. Neste esforço, quiçá saneador, de ressaltar o problema da corrupção, emerge outro questionamento mais sério, que é o do assalto às instituições.

Precisamente, neste campo, todavia, é que a campanha de Alckmin tem chegado mui tarde, e sonega bater onde mais Lula não pode se esquivar. Alguns exemplos seriam bastante elucidativos, e que bem poderiam ser explorados, enquanto é tempo, ou, que a história permita, no decorrer da campanha do segundo turno:

a) Sobre a questão da segurança: Até agora ninguém recordou que o Presidente da Colômbia, Sr. Álvaro Uribe, veio em visita oficial para pedir encarecidamente ao Brasil que declarasse as FARC como uma organização terrorista; ao contrário, o que o governo brasileiro fez foi dar o desprezo e a resposta cínica de se oferecer a mediar os conflitos, como se as FARC fossem uma legítima representante de uma parcela da população colombiana.

b) Sobre a empolgação de Lula e seus asseclas em visitarem países submetidos às mais atrozes ditaduras do globo, e dali saírem com lições e comentários de "como eles se perduram há quarenta anos e ainda se candidatam à eleição", ou "que lá tem democracia em excesso".

c) Sobre a questão do controle da informação: até agora a campanha de Alckmin não recordou o caso Larry Rother. Lembram-se, como naquele tempo, ainda antes de todas as denúncias avassaladoras, como o molusco e cardume estavam autoconfiantes?

d) Sobre a questão do aborto, muito bem lembrada pelo filósofo Olavo de Carvalho: ninguém ainda bateu nos discretos arranjos palacianos de lançar projeto de lei legalizando o aborto, destituídos de qualquer compromisso prévio com o eleitorado - às surdinas - do maior país católico do mundo.

Sobre todas estas questões, o PT e seu cavaleiro apocalíptico, sabiam o que estavam fazendo, e desmascará-los perante o público faz-se mister de maior monta do que apenas ficar no discursinho da corrupção, que se diga, em boa parte, foi neutralizado pelo "somos todos farinha do mesmo saco".

Da parte da população, mesmo da que recebe os benefícios do "bolsa-voto", emerge sim a preocupação com o seu destino, se puder apalpar concretamente o perigo que é manter um governo mancomunado com uma organização que promove assaltos, seqüestros, vende drogas e até mesmo explode a cabeça de pequenos fazendeiros com colares-bombas.


Nota do Editor: Klauber Cristofen Pires é bacharel em Ciências Náuticas no Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar, em Belém, PA. Técnico da Receita Federal com cursos na área de planejamento, gestão pública e de licitações e contratos administrativos. Dedicado ao estudo autodidata da doutrina do liberalismo, especialmente o liberalismo austríaco. Possui artigos publicados no Mídia Sem Máscara, Diego Casagrande, Domínio Feminino, O Estatual e Instituto Liberdade. Em 2006, foi condecorado como "Colaborador Emérito do Exército", pelo Comando Militar da Amazônia.

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