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Medicina e Saúde
03/10/2006 - 07h56
Vesícula: coisa de mulher?
 
 
Cirurgia de retirada do órgão é a mais realizada no mundo

As pedras na vesícula, também conhecidas como cálculos biliares, atingem principalmente as mulheres por questões hormonais, mas não é exclusividade do sexo frágil. A proporção é de quatro mulheres para cada homem na faixa etária reprodutiva, mas com a idade, esta proporção vai diminuindo, chegando a quase igualar no idoso. Embora não se saiba com certeza quais são as causas das pedras na vesícula, o certo é que são mais freqüentes em mulheres com mais de 40 anos, que tiveram muitos filhos, com excesso de peso e diabéticas.

Segundo o cirurgião Eduardo Akaishi, professor doutor da Faculdade de Medicina da USP/HC, as pedras que se depositam na vesícula normalmente são formadas pela desproporção dos componentes da bile (líquido produzido pelo fígado, que auxilia na digestão dos alimentos, principalmente dos gordurosos) como o colesterol, fosfolipídeos e sais biliares.

"Há dois tipos de pedras: pigmentadas (bilirrubinas, de coloração negra) e as de colesterol (coloração amarelada), que são mais comuns, manifestando-se em cerca de 80% dos casos. Apesar disso, é importante ressaltar que a formação do cálculo de colesterol não tem nenhuma ligação com as taxas de colesterol no sangue" explica Akaishi.

A maioria dos portadores da pedra na vesícula não faz idéia de que possui o problema, pois 80% dos doentes não têm nenhum tipo de sintoma. Já os outros 20% podem apresentar dor, vômito e icterícia (pele e olhos amarelados como na hepatite). "É importante esclarecer que a ingestão de alimentos gordurosos pode desencadear as crises dolorosas em quem é portador de pedra na vesícula, mas não tem nenhuma influência na formação das pedras", esclarece Akaishi.

Alguns fatores favorecem a formação de pedras como o excesso de peso e de calorias ingeridas, predisposição genética, idade, paridade, longos períodos de jejum e pessoas que passaram por cirurgia do intestino ou estômago.

"O tratamento pode ser cirúrgico ou com medicamentos que ajudam a dissolver as pedras, sendo o último procedimento atualmente em desuso pela pouca eficiência", afirma o cirurgião. Segundo Akaishi, a melhor forma de tratamento é a cirurgia em que a vesícula é retirada junto com as pedras. "O procedimento é rápido, varia de 30 a 60 minutos, e no outro dia o paciente tem alta hospitalar. O único cuidado nos primeiros dias é com a alimentação que deve ser controlada com refeições leves, pois o aparelho digestivo acabou de passar por uma cirurgia", explica Akaishi.

É importante lembrar que, embora seja rara, o câncer de vesícula biliar pode ocorrer em pacientes com cálculos. Não há comprovação científica de que as pedras possam induzir ao câncer. Então, quando se retira a vesícula é importante observar o exame microscópico da vesícula para assegurar que não existe um câncer já instalado.

Mesmo com o tratamento avançado, o melhor é prevenir. "Cuidar-se para não exceder o peso, evitar longos períodos de jejum, consultar um especialista após os 40 anos, principalmente se há casos de pedra na vesícula na família e realizar exames de ultrassonografia abdominal sempre que necessário, já é um grande passo para a prevenção", finaliza Eduardo Akaishi.

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