O resultado das eleições de domingo último deram um refrigério na minha alma, pois mostra uma nítida reação do eleitorado brasileiro contra a máquina de propaganda mentirosa do PT e contra as práticas antiéticas do governo Lula. O epicentro dessa reação deu-se no Estado de São Paulo, que consagrou José Serra governador ainda no primeiro turno e gerou os votos necessários para levar Geraldo Alckmin ao segundo turno das eleições presidenciais. Orgulho-me de residir em São Paulo e de fazer parte dessa reação exuberante pela ética pública dos governantes e pelo bem do Brasil. Mas o PT também registrou derrotas, ainda que esperadas, em Estados importantes: Rio de Janeiro, Pernambuco, Mina Gerais. Infelizmente colocou seu candidato no segundo turno do Rio Grande do Sul e no meu querido Estado do Ceará consagrou a nova oligarquia da família Gomes, cabos eleitorais despudorados de Lula Lá. O Ceará deu um mau exemplo à Nação. E a Bahia, linda Bahia, sufragou – Deus saberá como – um seguidor do pentagrama vermelho ainda no primeiro turno. Como se vê o PT se comporta como a Hidra da mitologia grega. Corta-se uma cabeça e outras brotam imediatamente no lugar. Enquanto não se cortar a cabeça principal haverá essa multiplicação descontrolada, verdadeira metástase do maligno PT. A grande notícia e a grande esperança é ter Geraldo Alckmin no segundo turno. Há uma chance real de fazê-lo presidente da República, matando a Hidra definitivamente. Agora será uma eleição solteira, com tempos de propaganda eleitoral igualitários, sem a possibilidade de haver dubiedade na atuação das lideranças regionais. E o farsante terá que se expor em debates francos revelando assim todo o seu despreparo. Quem abraçar Lula terá que fazê-lo integralmente, publicamente, e políticos assim devem ser tratados com adversários, de forma implacável. Bem sabemos que boa parte do apoio do PT vem dos chamados políticos fisiológico. Ao primeiro sinal de que Geraldo Alckmin poderá se sagrar vencedor esses políticos mudarão de lado imediatamente. A candidatura de Lula tem essa fragilidade intrínseca. Por outro lado, os apoiadores de Geraldo Alckmin são gente de fibra, brasileiros honrados e preocupados com os destinos maiores do Brasil. Entendo que o movimento inverso, de perda de apoios de Alckmin para Lula, não deverá acontecer. Alckmin terá o que o PT teve ao longo de todos os anos e perdeu por causa da desonestidade: a adesão voluntária dos cidadãos alheios às lides políticas, mas que estão indignados e estão trazendo às próprias mãos a responsabilidade de conduzir os destinos do Brasil. Estou vendo homens e mulheres trabalharem gratuita e voluntariamente, nos meios disponíveis, para derrotar a Hidra e colocar o honrado e competente ex-governador de São Paulo na Presidência da República. Há um consenso silencioso das pessoas de bem de que é hora do basta. Basta de mensalão! Basta de mentiras! Basta de corrupção! Basta de banditismo travestido de programas sociais! Basta de falsos movimentos sociais assaltando os cofres públicos! Basta de MST expropriando a propriedade privada! Basta de PT e suas más companhias! Basta de Delúbios, Marcos Valérios, Waldomiros Diniz e Freuds do PT! Vi um movimento irresistível dessa envergadura quando ocorreu o movimento pelas Diretas Já. Sinto o mesmo clima, o mesmo engajamento, a mesma disposição cívica das pessoas para lutarem por um Brasil melhor, mais digno e mais livre. Chega de incompetência e de cinismo. Fora Lula! Vamos pô-lo a correr pelo voto. Nota do Editor: José Nivaldo Cordeiro é executivo, nascido no Ceará. Reside atualmente em São Paulo. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias coletivistas. É um dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos diários para diversos jornais e sites nacionais. É Diretor da ANL – Associação Nacional de Livrarias.
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