A memória d’O Guaruçá
Luiz Moura |  |
Apesar da experiência me dizer que propostas práticas para solucionar o problema dificilmente sairiam da Audiência Pública para debater sobre a cobertura da “Feira Hippie”, na quinta-feira (5), às 20 horas, fui até a Câmara Municipal. O auditório da Casa de Leis de Ubatuba estava totalmente ocupado pelos feirantes. Não deu outra. O prudentino e vereador Claudio Francisco Gulli (PMDB), representante dos comerciantes da “Feira de produtos afins” na Camara Municipal ubatubense, em acintosa “média”, fez discurso responsabilizando Deus e o diabo pelas agruras de seus eleitores. E ainda, mostrando uma cópia, aventou serem os internautas pessoas que não têm o que fazer. Resta saber quem foi o “desocupado” que lhe entregou a cópia que agitava. Ameaçou processar, sabe-se lá quem, por texto que discordava e, diga-se de passagem, nada tinha com o assunto da Audiência. Não lembrou que eu estava ao seu lado no dia 21 de dezembro de 2005, às 19h38, e ouvi quando, em entrevista para a rádio Costa Azul (foto acima) e outros órgãos de imprensa, com palavras ásperas atacou seus colegas vereadores. Já o professor Janos K. Szenczi, em antecipada campanha eleitoreira, nitidamente seguindo a linha de Gulli (ao qual defrontará no pleito de 2008), atribuiu (de modo nada original) o que está acontecendo a meia dúzia de pessoas. Os outros palestrantes, feirantes, apenas falaram sobre suas dificuldades. Os dois representantes da Prefeitura não acrescentaram nada de produtivo às palavras do vereador Charles Medeiros (PSB) que afirmou, no início, a reunião não poder alterar a situação jurídica em que se encontra o assunto. Minhas suspeitas se confirmaram. Nenhuma proposta para solucionar o problema foi apresentada e não houve representação de outros segmentos da população de Ubatuba.
|