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Opinião
11/10/2006 - 12h23
Os alckmistas estão chegando
Mario Guerreiro - Parlata
 

Eu não sou daqueles que costumam contar com o ovo no cu da galinha, para não ter a desagradável experiência de cair do cavalo. Eu não sou daqueles que soltam foguetes antes da hora, para não me queimar. Eu não sou daqueles que confunde rabo de macuco com espanador, nem o mundo que vejo com o que desejo. Por isso mesmo, o cenário que eu podia montar, com os dados de que então dispunha, era o da vitória acachapante de Lulla no primeiro turno em outubro de 2006. Argh!

Mas eis que, contrariando todas as probabilidades que lhe eram desfavoráveis, mesmo se comportando com as gentileza e elegância de um lorde inglês e "calçando as sandálias da humildade", Alckmin conseguiu levar o batráquio hirsuto - todo empinado em salto alto - para o segundo turno. Mesmo que o referido tucano não venha a ganhar dest’outra feita, trata-se de uma proeza notável, algo digno de louvor, porque deixa claro que os eleitores não estão tão imbecilizados, ptzados e narcotizados como eu e uma meia dúzia de gatos pingados supunham. O senso crítico, embora padecendo de gravíssima enfermidade, ainda não bateu as botas em Terra Brasilis. Argh!

Mas quais as chances de Alckmin no segundo turno? Há quem pense que as coisas são zeradas nesta segunda votação, mas não é bem assim. As tendências do eleitorado não são simplesmente anuladas. Mas, nesse segundo turno, há certos fatores que não podem ser desconsiderados:

(1) o índice de rejeição do candidato. Em eleições passadas, o índice de Lulla era muito grande e pesou bastante nas suas três derrotas, mas hoje não tem o mesmo peso e não creio que exercerá uma influência de grande relevância.

(2) Sentindo ou não ter sido derrotado no primeiro turno, o efeito psicológico é que Lulla, em uma semana, perdeu uma batalha praticamente ganha e Alckmin venceu uma quase perdida. Nem mesmo os membros do hard core do tucanato acreditavam que ele iria para o segundo turno, e pouco ou nada fizerem para ajudá-lo. Para eles, principalmente Serrinha e Aecinho, Alckmin não passava de um boi de piranha. Mas está mais para o Gastão do Pato Donald, não por ser ele chegado a uma boa gastança, mas por ser um daqueles sortudos que tudo o que fazem, mesmo começando muito mal, sempre acaba em picolé de chuchu-beleza.

(3) Nesse segundo turno, o debate entre os candidatos terá mais importância. Como sabemos, Lulla, em quaisquer circunstâncias, detesta debates: não é de sua natureza autoritária dialogar com ninguém e, além disso, só sabe vomitar chavões esquerdistas para as grandes massas. Foi tudo o que aprendeu em sua longa carreira de padeiro social, id est: agitador das massas. Mas, por sua vez, Alckmin é gentil demais para debater com um truculento esquerdista, para quem os fins justificam os meios. Ah! Que bom seria se, nos debates eleitorais que se avizinham, a cangaceira estivesse no lugar de Alckmin, para dar uma pexeirada no cabra deletério e eleger o tucano.

Diante disso, pergunta-se: quem ganhará: a sensatez e sobriedade ou a desfaçatez e Perda Total? Argh!

APÊNDICE I: ENTRE A VIDÊNCIA E A EVIDÊNCIA

O conhecido vidente Juscelino da Nóbrega - que até agora tem acertado todas as suas previsões - disse que Alckmin já está eleito. Mas disse também que um poderoso tornado atingirá o Rio de Janeiro em 19 de outubro de 2007 produzindo uma inenarrável devastação. Tomara que acerte a primeira e erre a segunda. Já pensou se for o contrário? Além de minha cidade destruída por forças da natureza, meu país dizimado pela PesTe negra?! Argh!

APÊNDICE II: CONCLAMAÇÃO!

Nesse segundo turno, "o Brasil espera que cada um cumpra o seu dever"... de votar, ainda que melhor seria se um direito fosse. E ao cumprir seu dever, aproveite o ensejo para dizer um rotundo NÃO a Lulla e ao PT (Perda Total, no jargão das companhias de seguros). NÃO VOTE NULO NEM NELA: VOTE CONTRA LULLA.


Nota do Editor: Mario Guerreiro é Doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor Adjunto IV do Depto. de Filosofia da UFRJ. Ex-Pesquisador do CNPq. Ex-Membro do ILTC [Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência], da SBEC. Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Análise Filosófica. Membro Fundador da Sociedade de Economia Personalista. Membro do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Estudos Filosóficos e Interdisciplinares da UniverCidade. Autor de obras como Problemas de Filosofia da Linguagem (EDUFF, Niterói, 1985); O Dizível e O Indizível (Papirus, Campinas, 1989); Ética Mínima Para Homens Práticos (Instituto Liberal, Rio de Janeiro, 1995). O Problema da Ficção na Filosofia Analítica (Editora UEL, Londrina, 1999). Ceticismo ou Senso Comum? (EDIPUCRS, Porto Alegre, 1999). Deus Existe? Uma Investigação Filosófica. (Editora UEL, Londrina, 2000). Liberdade ou Igualdade (Porto Alegre, EDIOUCRS, 2002).

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