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21/10/2006 - 18h19
Geração 40 anos: sexo, saúde e cultura
Jussara C. Guimarães
 

Certo dia, assisti indignada uma reportagem em um jornal na TV, que dizia que as pessoas com mais de 40 anos não conseguem retornar ao mercado de trabalho porque não têm idéias novas. Acredito que a matéria em questão não tenha sido elaborada por pessoas da minha geração, devido ao conteúdo superficial e preconceituoso.

Por causa dessa injustiça, viajei no tempo lembrando das idéias e modismos das gerações passadas até hoje.

Nos anos 50, quando o rock era um embrião e meus pais tinham seus 20 anos, já existia o tão falado atualmente "culto ao corpo", reparem nos filmes e fotos de artistas famosos veiculados na mídia daquela época. Exibem corpos esculturais, músculos bem definidos, porém não se dava muita atenção a um estilo de vida saudável.

Nos anos 60, quando nasci, começava acontecer a explosão do rock (beatles, rolling stones) e o culto ao corpo começou a ser abandonado, dando início à era do "sexo, drogas e rock and roll", sendo que no final da década, com a geração hippie, começou a surgir uma nova postura com relação à natureza, alimentação, liberdade sexual etc., chegando ao seu auge nos anos 70.

Nos anos 80, quando minha geração estava entrando na casa dos 20 anos, houve uma consolidação do rock no cenário mundial, como também a valorização de diversos gêneros musicais, o culto ao corpo começou a ser ressuscitado, porém dando ênfase à saúde e não somente a aparência física, tendo como proposta uma reeducação alimentar acompanhada com uma preocupação na prática com a preservação do meio ambiente.

Nos anos 90, quando estávamos na faixa dos 30 anos, havia um certo equilíbrio de idéias, sem exageros, lógico com algumas exceções como acontece hoje. Esse tempo foi marcado pelo início da era digital doméstica, tendo como destaque os videogames que fascinavam nossos filhos com idade entre 5 e 10 anos.

Na virada do século (2000), quando fizemos 40 anos, nossos filhos praticamente adultos, parece que houve um retrocesso. Ressuscitaram o culto ao corpo, porém com um exagero absurdo, excesso de exercícios físicos, uso de anabolizantes, cirurgias plásticas desnecessárias (lipoaspirações, implantes de silicone etc.). As drogas sintéticas voltaram a ser usadas, com fórmulas mais potentes; abuso no uso do computador , gerando até mesmo um novo vício prejudicial à saúde física e mental. Com relação à alimentação, o que era saudável virou coisa de gente velha, frescura, e houve uma proliferação de Mac Donalds e King burgues pra todo lado.

Agora, o que nos resta é torcer, para que a geração dos nossos netos que estão nascendo, quando se tornarem adultos, ressuscitarem as nossas "velhas" idéias.

Jussara C. Guimarães
(ex-bancária, artista plástica, 46 , corpinho de 16 (risos), com a "mente aberta e o pensamento longe", procurando desesperadamente um emprego)

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