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Opinião
23/10/2006 - 13h50
A nova televisão
Rosana Hermann
 

Quarta-feira à noite. Nos Estados Unidos, milhões de telespectadores aguardam o início de mais um episódio da série Lost, atualmente em sua terceira temporada. O episódio tem um interesse especial para os brasileiros, a participação do ator Rodrigo Santoro. Os fãs do seriado aqui no Brasil certamente vão querer assistir. Mas... como? Quando? Bem, esta resposta tem dois caminhos, o antigo e o novo.

Pelo caminho antigo, teríamos que aguardar até 2007 para ver o capítulo na televisão, aberta ou a cabo. Pelo caminho antigo e oficial, teríamos que esperar o ano que vem para comprar a série em DVD, sabe-se lá quando.

Mas há o novo caminho. Não o da pirataria, nem da ilegalidade, nada disso. Há uma nova forma de ver tv. Simultaneamente com os americanos, respeitado apenas o fuso horário: ao vivo, em streaming, pela Internet, pelas TVS Online.

Nesta quarta-feira, à uma da madrugada, correspondendo às 9 da noite de Los Angeles, fãs de Lost viram a estréia pela rede, através da TVU ou da MaxTV belga, por exemplo, ao mesmo tempo que os americanos. E, claro, é possível ver várias outras emissoras ao vivo, até a Al Jazeera.

Como? Simples. Baixando os programas, instalando-os e tendo uma boa conexão em banda larga. A sensação é maravilhosa, a de ser um cidadão do mundo, sem a horrível discriminação, por exemplo, do site da ABC americana, que exibe Lost, que simplesmente não permite que usuários fora dos Estados Unidos assistam nada, nem os episódios em arquivo. É revoltante.

Mas graças a essas tvs, podemos acompanhar cada vez mais canais, mais programas, de graça. A massa crítica de usuários ainda é restrita, por isso, não há nenhuma mudança efetiva em relação à grande e poderosa televisão aberta brasileira. Mas com o tempo, isso vai mudar totalmente. Cada um vai ver o que quiser, onde quiser, quando quiser, direto de qualquer lugar do mundo, ou não. A informação circulará livremente, para quem tem acesso, patrocinada por quem quer ser visto.

E todos nós teremos esta sensação de liberdade de escolha, de livre-arbítrio, de sermos enfim, aquele cliente que sempre teve razão. Nós, os consumidores, que enfim, movemos o mundo. Um mundo cada vez mais global, a um clique de nossas mentes.


Nota do Editor: Rosana Hermann é Mestre em Física Nuclear pela USP de formação, escriba de profissão, humorista por vocação, blogueira por opção e, mediante pagamento, apresentadora de televisão.

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