Mesmo enquanto a segunda guerra mundial ainda perdurava, era visível que, por força da destruição e das modificações que certamente adviriam após seu término, seriam necessários esforços deliberados e intensos para, com certa ordem, afastar a ameaça de caos representada pelo restricionismo mundial. Partilhando tais convicções, peritos dos Estados Unidos e do Reino Unido prepararam, durante a guerra, planos integrados de cooperação monetária internacional para depois do conflito. De início, trabalhando independentemente, e depois juntos, com representantes de outros países, redigiram os fundamentos de um plano comum para o estabelecimento de uma nova e original instituição, o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em uma conferência internacional realizada em Bretton Woods, New Hampshire, nos Estados Unidos em julho de 1944, os delegados elaboraram os "Artigos do Acordo", juntamente com um outro acordo estabelecendo o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). A criação do FMI representa um esforço importante de cooperação internacional. Embora não seja, de modo algum, a primeira em seu campo, é a mais pormenorizada tentativa de, deliberadamente, organizar a conduta dos negócios monetários internacionais. Antes da "Primeira Guerra Mundial", houve cooperação internacional, mas repousavam nas forças impessoais do mercado e não no estabelecimento de instituições específicas, com diretores, funcionários e poderes de ação. A cooperação entre bancos centrais na década de 1920 era informal e relativamente fraca. O FMI, entretanto, incorpora, de maneira surpreendente, a tendência que se tornou preponderante nos anos recentes, de organização deliberada e consciente para atingir certos objetivos internacionais estabelecidos. Propósitos - Eliminação de controles cambiais. - Encontrar razoável estabilidade das taxas cambiais. - Combinar a estabilidade da taxa cambial com a independência nacional no campo da política monetária e fiscal. Poderes Para atingir esses difíceis objetivos, o "Acordo" que estabeleceu o FMI substituiu as políticas cambiais e de pagamentos nacionais livres por um código de cooperação internacional, que os países membros concordaram em respeitar. Este código consistia de disposições pormenorizadas especificando os meios disponíveis ao Fundo para atingir os objetivos fixados sobre as transações internacionais correntes sem a aprovação do "Fundo", e que depois de um período de reajustamento e adaptação que findaria em 1952, os membros que ainda mantivessem restrições cambiais deveriam consultar os funcionários do FMI com respeito à possibilidade de continuarem com as mesmas. Uma exceção foi feita, entretanto, para os movimentos indesejáveis de capital - isto é, fugas de capital especulativas ou motivadas politicamente. Os países membros poderiam ser instados a introduzir controles para impedir tais movimentos. Conclusões - Todos os países são livres para participarem, ou não, do FMI. Assim sendo países que detestam disciplina fiscal e monetária são livres para continuarem suas orgias. - O socorro financeiro do FMI é, de forma inconteste e cabal, a UTI dos países perdulários e incompetentes na administração de suas contas públicas, sendo a única saída para países cuja economia esteja em ’estado de coma’ em seu balanço de pagamentos, jamais um reconhecimento como sendo países merecedores de crédito, como os governantes irresponsáveis destes países tentam vender aos ingênuos habitantes de seus países. - Com a supervalorização do "Real", na sua implantação, o Brasil gerou déficit na balança comercial de US 22,4 bilhões, bem como déficit de US$ 14,5 bilhões na conta líquida de viagens internacionais no primeiro mandato do governo FHC (1995/1998). Com isso, nosso balanço de pagamentos entrou em ’estado de coma’, tendo que ser socorrido pelo FMI (US$ 42,5 bilhões) em janeiro de 1999. No segundo mandato de FHC (1999/2002), já geramos superávit na balança comercial de US$ 13,7 bilhões, e déficit de apenas US$ 5,4 bilhões na conta líquida de viagens internacionais. - Tendo o governo Lula aceito passivamente à subordinação do seu governo ao FMI, no período de Janeiro de 2003 até setembro de 2006 gerou superávit na balança comercial de U$ 137,8 bilhões, e déficit de apenas US$ 1,4 bilhão na conta líquida de viagens internacionais. O governo Lula, na maior "cara-de-pau", alardeia como sendo mérito do seu governo as conquistas acima citadas, e não da brilhante administração do FM, como acima provado. Nota do Editor: Ricardo Bergamini economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro) e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua - Nuclebrás - Multifrabril - IESA. Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.
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