Em 1994 apareceu no canal de São Sebastião (SP) um golfinho que resolveu acompanhar a balsa e fazer malabarismos no atracadouro.

Virou, então, atração turística. Moradores e turistas faziam plantão para assistir o espetáculo que foi inclusive televisionado, apareceu no Jornal Nacional.

Nesse período não havia cinema em São Sebastião e a Videoteca Municipal fazia matinês aos sábados com filmes infantis para quem se habilitasse.

Num desses sábados fui com meus filhos, chegando lá, haviam muitas crianças e resolveram que seriam duas sessões. Assim, as que não entraram, foram sentar-se na mureta de pedra à beira-mar esperando o filme acabar.

Num certo momento, as crianças já começaram a ficar impacientes, eu e outras mães resolvemos começar a cantar e bater palmas para distraí-las.

Dali a pouco todas estavam cantando e batendo palmas e para nossa alegria isto chamou a atenção do golfinho Tião, que costumava ficar a quase 2 km do local.

O golfinho apareceu e, nadando onde não há nem um metro de profundidade, deu piruetas, nadou de costas, saltou e fez todas aquelas coisas que a gente pensa que eles só fazem quando são treinados.

Todos nós ficamos comovidos, e com a certeza de que aquele era um momento mágico e único. Não sei se alguém fotografou.

Depois de algum tempo apareceu uma jovem que entrou no mar para “nadar” com o golfinho e ele foi embora.

Quando as crianças saíram da primeira sessão, descobriram que o mais legal naquele dia era ficar do lado de fora.