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Opinião
14/11/2006 - 19h24
Aposente-se... um pouco!
Lígia Nery da Silveira - Pauta Social
 
Crescente longevidade demanda suporte para migração de carreiras

Esta é uma expressão utilizada por Ricardo Semler em seu último livro: Você está louco! Além das brilhantes colocações, que a primeira vista parecem-nos tão óbvias e, por isso mesmo, tão espetaculares, suas observações nos inquietam, nos instigam justamente por parecerem tão simples.

Certa vez, o jovem líder mundial premiado em Davos, por suas atividades em Direitos Humanos, Van Jones, em uma de suas palestras, deixou no ar uma intrigante pergunta: "o que você ou cada um de nós pode deixar de fazer, para fazer a diferença?"

O momento da aposentadoria, tanto na visão das organizações como das pessoas, parece-me uma destas situações. A começar pela infelicidade deste termo: "aposentado" que no nosso inconsciente rima com morte, fim, perda, dor, exclusão, desvalorização e por aí vai.

A crescente longevidade profissional é uma realidade que demanda suporte para migração de carreiras e para o desenvolvimento profissional sustentado.

Não temos mais tempo para negar essas evidências e, o que é pior, deixar de organizar esforços para utilizar toda essa potencialidade da qual o nosso Brasil tanto necessita.

Vemos empresas lutando para buscar talentos, treiná-los, retê-los para em seguida, em um dia qualquer, ao apagar de velas de bolo de aniversário de 60 anos, toda a trajetória de vida ser colocada em uma caixa. Nosso país precisa aprender a somar e não subtrair.

Acreditamos que existe escolha entre o emprego infeliz e o desemprego. A solução pode ser bem mais simples se encararmos esse período como mais uma mudança dentro do ciclo da vida, do ciclo de uma carreira.

Não achamos ainda um novo nome para substituir o estigmatizante: "aposentado". Os jubilados (e esta poderia ser uma primeira proposta) ainda não podem ser oficialmente reconhecidos. Então, que seja: aposente-se sim... mas apenas um pouco, apenas o necessário!

Busquemos o prêmio, o reconhecimento, mas não a subtração, o descaso para com a sabedoria, com o capital humano e intelectual acumulados e tão preciosos para qualquer organização. Precisamos incrementar e estimular a troca de sabedoria entre diferentes gerações, mais ainda, entre diferentes nacionalidades, diferentes estilos de vida.

"Aposente-se... um pouco todos os dias de sua carreira", do início ao fim dela, aprendendo apenas a mudar, a enterrar velhos comportamentos, abrindo-se para outros, encarando o que há de precioso em cada momento desta caminhada: sua carreira.


Nota do Editor: Lígia Nery da Silveira é Psicóloga e Consultora de Carreira.

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