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Medicina e Saúde
16/11/2006 - 18h04
Luta contra aids é dever do estado e da sociedade
Ricardo de Paula
 

Estima-se que haja no Brasil 240 mil mulheres em idade reprodutiva portadoras do vírus HIV. O mais grave é que boa parte delas sequer desconfia estar contaminada, mas acabará desenvolvendo a doença e transmitindo o vírus, inclusive para os filhos, no período de gestação. Trata-se, portanto, de uma questão prioritária de saúde pública a ser enfrentada pelo País, considerando a premência de deter o avanço da epidemia entre crianças e jovens. Há um dado mundial que mostra o quanto é prioritária esta mobilização: metade das novas infecções por HIV ocorre entre pessoas jovens - seis mil por dia -, e a população feminina é desproporcionalmente afetada. Entre as pessoas abaixo dos 24 anos de idade vivendo com aids, dois terços são mulheres.

Felizmente, parecem ocorrer avanços nesse campo. É o que se pode aferir dos resultados do VI Congresso Brasileiro de Prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids, realizado em novembro, na cidade de Belo Horizonte. Um tanto despercebido da opinião pública em nível nacional, o evento marcou o anúncio de realização do Plano Nacional de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids. Trata-se de iniciativa conjunta do Ministério da Saúde e a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, que contará com o importante apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

O plano será oficialmente lançado em 2007, no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Uma das ações propostas no âmbito do programa é uma pesquisa sobre as brasileiras que têm aids. Complementa o trabalho pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em parceria com o Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, sobre a prevalência do HIV entre gestantes.

O levantamento, tabulação e uso adequado das informações levantadas por todos esses estudos, além de subsidiarem melhor a prevenção, contribuem para reduzir o índice de contágio de aids das mães para os filhos. As novas tecnologias permitem aproximar de zero a taxa da chamada transmissão vertical (da gestante para o bebê). Porém, para tornar esses avanços viáveis, é imprescindível o acompanhamento médico pré-natal. Medida indispensável é garantir o acesso de todas as gestantes a exames sorológicos. E, claro, quando o resultado for positivo, é necessário prover o tratamento da mulher e adotar os cuidados hoje disponibilizados pela medicina para evitar a transmissão do vírus.

O índice brasileiro de transmissão vertical é de aproximadamente 8%, com maior incidência no Norte (12%) e Nordeste (15%). Conhecer esses dados e utilizá-los corretamente para subsidiar o tratamento e a prevenção constituem-se em medidas capazes de mitigar o problema no País, pois é possível evitar em grande escala a transmissão do vírus das gestantes aos bebês. Vencer este desafio, contudo, não é uma responsabilidade apenas dos órgãos públicos e organismos internacionais que apóiam os programas brasileiros. Na verdade, trata-se de um dever das famílias, instituições da área médica, profissionais do setor e toda a sociedade.


Nota do Editor: Ricardo de Paula, médico, é presidente da Intersaúde.

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