Luiz Moura

O lixão, em Ubatuba, não atende normas de controle. O lixo é disposto de qualquer maneira e sem tratamento, o que acaba causando inúmeros problemas ambientais. A falta de material para cobertura do lixo faz com que ratos sejam atraídos pela disponibilidade abundante de alimentos, aumentando os riscos de contração de doenças (raiva, meningite, leptospirose e peste bubônica).

Um dos grandes problemas do lixão é a contaminação do solo, do lençol freático e de cursos d’água pela ação do chorume. Chorume é um líquido escuro gerado pela degradação de resíduos e que escoa de locais de disposição final de lixo. Ele é originário de três diferentes fontes: 1) Da umidade natural do lixo, aumentando no período chuvoso; 2) Da água de constituição da matéria orgânica, que escorre durante o processo de decomposição e 3) Das bactérias existentes no lixo, que expelem enzimas, enzimas essas que dissolvem a matéria orgânica com formação de líquido.

O líquido negro retratado acima, que escorre por essa "cachoeira", é chorume. Chorume do lixão de Ubatuba! Um problema de saúde pública cuja solução Eduardo César (?) relegou a segundo plano. Não seria isso um crime de prevaricação?