Festas de final de ano são sempre o momento certo para reunir a família, amigos, confraternizar e aliviar o estresse. Para que isso se torne ainda mais inesquecível, nada melhor do que uma ceia farta, tradicional e que não lembre os almoços corridos nos dias de trabalho durante todo ano, certo? Errado!

Principalmente, para aqueles que durante o ano de 2006 conseguiram manter a dieta e seguir a risca as receitas controladas, é hora de não cair em tentação. Mudanças na combinação e substituição dos alimentos não alteram o sabor nem a aparência dos pratos e melhor ainda: evitam a temida ressaca alimentar do dia seguinte e quilinhos a mais na balança.

Segundo o endocrinologista e nutrólogo da Unifesp João César Castro não é preciso ficar sem comer todos os pratos tradicionais como peru, farofa e maionese. "O importante é a preparação, procurando substituir, por exemplo, a manteiga pelo óleo de oliva, tirar a pele do peru e temperar a salada de maionese com molho de iogurte ao invés dos tradicionais", explica.

Detalhes, realmente, fazem a diferença! As frutas cristalizadas, que são ricas em calorias, podem ser substituídas por frutas secas. "Trocando a uva passa que possui em média 300 calorias, em 100 gramas, pelo damasco seco, é possível evitar 200 calorias", afirma doutor João César. Para não abusar da farofa e da maionese, uma ótima saída é optar pelos vegetais crus ou cozidos, que são ricos em fibras e aumentam a sensação de saciedade. Dar preferência para carnes brancas, preferindo pedaços sem pele e sem gordura também é garantia de que você não ganhará nenhum grama a mais.

Para quem gosta de "bebemorar", evite grandes doses de bebidas alcoólicas. Uma taça de champagne é o suficiente para somar mais 150 calorias. Já quem gosta de brindar várias vezes e não consegue ficar com a taça vazia, a dica é misturar a bebida com água com gás. Com o drinque diluído, uma taça vira duas sem aumentar o teor alcoólico ou as calorias.

Outro segredo importante é a moderação. "É comum sairmos da rotina, principalmente essa época onde fica difícil resistir aos prazeres das iguarias das festas de fim de ano, mas sem comer em exageros", conclui doutor João.

O importante é não comprometer a ginástica e a alimentação controlada durante todo o ano. Muitos, para aliviar a culpa pelo excesso, já começam a se preparar uma semana antes da ceia, passando dias sem comer ou eliminando algumas refeições. Mas na hora do jantar de Natal ou Réveillon perdem o controle achando que não fará diferença nenhuma. "A compensação não pode ser feita dessa forma, pois depois de passar fome por vários dias, obviamente, que na hora na ceia a pessoa vai comer muito mais. O mesmo não aconteceria se ela tivesse mantido o ritmo normal da alimentação", finaliza.