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Crônicas
18/12/2006 - 09h00
Sois rei
Jussara C. Guimarães
 

Naquela noite, fiz um café forte a pedido de minha mãe, que dorme muito cedo, para vermos juntas o tradicional Show Global de final de ano do Rei Roberto Carlos. Não sou sua fã de carteirinha, nem ela, minha mãe. Mas se tratando de Roberto Carlos, ele sempre terá seu lugar ao sol em nossas memórias. Não sei qual a influência que ele teve nas gerações após a minha, mas sua música marcou minha infância e adolescência.

Seus shows nos fazem viajar no tempo, lembrar de cenas e fatos bons de nossas vidas. Lembro-me bem de como foi o começo, com aquele programa "Jovem Guarda", que eu via junto com minhas irmãs, e nossas babás que babavam com seu carisma, sua beleza e também de seus companheiros, Wanderléa, Tremendão, e seus convidados: Wanderlei Cardoso, Martinha, Renato e seus blue caps, Golden Boys entre outros.

Eu ainda era muito pequenina, devia ter uns seis anos, e minha mãe, que era meio "careta" não curtia muito aquele estilo jovem, à la Beatles. Era som mais do agrado de crianças e adolescentes. Lembro da mini "mini-saia", confeccionada por ela, com tecido xadrez e cintinho de calhambeque, que eu usava para brincar no parquinho do clube de regatas do Flamengo, me sentindo a própria "garota papo firme". Roberto foi também minha primeira paixão-ídolo. Minha mãe achava graça quando eu perguntava a ela, se daria tempo de me casar com ele, temendo que quando eu crescesse ele já fosse um velhinho, e me animava dizendo: dá sim.

Algum tempo depois, ele se casou com a Nice, me enchi de ciúmes e perdi de vez a esperança, pois na minha mente infantil, casamento era como conto de fadas, maravilhoso e indissolúvel.

Poucos anos depois, o rei mudou seu estilo, conquistando de forma irreversível a geração da minha mãe.

Quando isso aconteceu eu já era uma mocinha, e começava a freqüentar os bailinhos caseiros que estavam super na moda na cidadezinha do interior do Espírito Santo onde eu passava minhas férias. E é claro, que "pra variar" o som predominante era do Roberto. Pois é, "quantas emoções".

Não é à toa, que ele recebeu o título de nobreza e até hoje não perdeu a majestade. Título que não foi dado gratuitamente pela mídia, mas sim conquistado com seu carisma e competência. E que Rei sábio e generoso que ele é com seus fãs. Quem viu o último show pôde perceber, no ecletismo de seu repertório e de seus convidados. Cantou músicas da Jovem Guarda até as mais atuais, dessa vez ele "arrebentou", com presenças gratificantes como Marisa Monte com aquela voz suave feminina e magnífica, que parece mais um canto de pássaro. Não faltou também o nosso carioquíssimo, brasileiríssimo Jorge Benjor, com seu balanço, estilo inconfundível e inimitável, grande Jorge, salve Jorge! Marcou presença também o funk do MC Léozinho, muito bem escolhido, o Rei realmente transcende, por isso até hoje agrada a tantos. Não esqueceu também dos seus amigos mais chegados da "velha" Jovem Guarda. Dessa vez ele não cantou sua terra natal "Meu pequeno Cachoeiro", terra de gente talentosa, de Ziraldo, Rubem Braga... Mas está perdoado, é muita coisa para lembrar, com certeza no próximo show não vai faltar!

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