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Medicina e Saúde
20/12/2006 - 05h32
Férias: descanso para alguns, tormento para outros
Carla Furtado
 

Desligar-se do trabalho não é tarefa fácil para todos.

Muitos têm receio de tirar férias e apresentam dificuldades para relaxar longe das obrigações.

Se, para a maioria, a contagem regressiva para as férias é motivo de alegria, para alguns pode ser um tormento. Mais do que se imagina, muitos profissionais têm medo de tirar a prolongada folga. "Na medicina, esse profissional é caracterizado como ’Comportamento Tipo A’, por ter uma enorme dificuldade de se desligar de suas atividades profissionais. Geralmente sente-se culpado por estar de férias e não trabalhando", explica o médico e pesquisador Cláudio Portella, da Hollos Consultoria.

Tal comportamento acontece principalmente com trabalhadores que ocupam cargos de chefia ou que possuem personalidade centralizadora. "O antídoto para isso é aprender a delegar funções e confiar na equipe", destaca Dr. Cláudio. Em outros casos, o problema está na cultura organizacional. "Infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade que privilegia aqueles que sacrificam tudo em nome do cargo que ocupam. Algumas dessas pessoas incorporam tão fortemente essa atitude que passam a acreditar que, ao parar para descansar, estão traindo a empresa", afirma o médico.

Além de resistir a agendar as férias - alguns até perdem períodos não gozados, esses profissionais têm dificuldades de relaxar quando chegam os recessos. "Para nós, que vivemos essa vida frenética das grandes cidades, parar pode ser desafiador. Sempre sugerimos que se faça um período de adaptação, com a redução do pique de trabalho na semana que antecede a folga. Aconselhamos também que as férias sejam programadas com antecedência, para que os dias que a antecedem sejam livres de preocupações", orienta Dr. Portella.

O descanso remunerado é fundamental para a manutenção da saúde. Durante as férias, os níveis de tensão e estresse tendem a diminuir de forma significativa, propiciando uma pausa para a mente e para o corpo. É possível notar uma melhora na qualidade do sono, nas dores musculares e na pressão arterial. "Quando se volta para casa depois de uma viagem, tudo parece estranho, inclusive o local onde se vive. Mas é você que não é mais o mesmo. Uma viagem não é apenas um afastamento temporário, mas sim um processo transformador", ilustra Dr. Portella.

Para os que conseguem vencer a própria dificuldade de afastar-se do trabalho e finalmente chegam ao destino programado, Dr. Cláudio dá uma dica importante. "É preciso reconhecer que acaba de se encerrar um longo período de obrigações e responsabilidades, marcado certamente por pressões advindas de prazos. Assim, dê espaço para o ócio e férias para o relógio", conclui. No mais, é aproveitar o tempo livre para a convivência com as pessoas queridas, reforçando assim a rede afetiva - fundamental para a manutenção da saúde integral.

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