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Opinião
25/12/2006 - 20h21
Um Natal para toda a vida
Percival Puggina - MSM
 

A noite de Natal é a mais diferente das noites. Silenciam as fábricas, quedam-se as ruas, ficam no solo as aeronaves. Até a mais insana das tarefas humanas, a tarefa de fazer a guerra, ganha, na noite de Natal, o silêncio das trincheiras.

Numa noite assim, quando os mais nobres sentimentos varrem o pó do cotidiano e rompem a carapaça com que paradoxalmente sufocamos o bem para nos proteger do mal, inspiram-se os escritores para iluminar a literatura com páginas comoventes. São as histórias de Natal. Em cada uma delas se encontram fragmentos desse insondável mistério que é o homem, habitual espantalho de si mesmo, que cresce quando se ajoelha e se humaniza quando chora.

Entretanto, leitor amigo, por mais histórias de Natal que você tenha lido, em nenhuma delas, e sequer em todas elas, existe a força do episódio ocorrido nas cercanias de Belém, a cidade de Davi, numa noite fria da Palestina. Nasceu o Menino, o Senhor da História, o Rei dos Reis. Envolto em panos estava; deitado numa manjedoura estava.

Penso, às vezes, sobre como escreveríamos nós se nos coubesse conceber o roteiro daqueles fatos. Certamente não escolheríamos aquele local, nunca aquele povo e aquela época, jamais personagens assim. A humanidade já produziu ambientes melhores bem como circunstâncias e elenco mais promissores. E é exatamente por isso que não havia lugar na estalagem.

Essa história de Natal, a própria história do Natal, tecida com os fios sutis com que o divino autor urdiu sua rede de amor à humanidade, vence os séculos, se torna eterna e se impõe ao coração dos homens. É tempo de repetir: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”.

Que estas noites de fim de ano, tão festivas, nos permitam perceber que mais importante do que desarrolhar as garrafas com as quais erguemos brindes e celebramos o convívio é desarrolharmos nossos próprios corações. Veremos, então, que palavras incomuns, retrancadas há muito tempo, surgirão novamente para expressar afeto, falar do amor a quem amamos, manifestar gratidão e louvar a Deus. Aí, sim, começará a festa que realmente importa, aquela não devemos perder e que continuará cantando em nossas vidas.


Nota do Editor: Percival Puggina é arquiteto, político, escritor e presidente da Fundação Tarso Dutra de Estudos Políticos e Administração Pública.

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