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Opinião
26/12/2006 - 18h04
Vermelho, a cor do ano-novo
Paulo Ricardo Meira - Pauta Social
 
Para quem trabalha no trânsito o ano novo chega de vermelho

É réveillon uma das noites mais esperadas do ano todo. Reunidos, pais, filhos, irmãos, parentes e amigos, com laços de sangue ou amizade que se renovam a cada brinde, abraços e palavras de ânimo para o ano-novo que se inicia, todos vestidos em branco e variações que trarão a sorte no período.

Contudo, para quem trabalha no trânsito, seja nas ruas, viaturas ou hospitais, o ano-novo chega de vermelho, a cor que reina nos diversos acidentes de trânsito que ocorrem justamente quando a vida e a esperança deveriam reinar.

Vários fatores concorrem para isso: estresse, álcool, alimentação exagerada e fadiga. Pesquisa recente da International Stress Management Association - Isma Brasil - verificou que no período compreendido de 15 de novembro a 7 de janeiro o nível de estresse dos indivíduos aumenta em cerca de 75%, pelo desconforto emocional da correria de final de ano, compromissos, resoluções, filas, festas, compras, projetos diversos e encontros familiares. Nessa fase, 55% das pessoas usam mais medicamentos para combater a ansiedade.

Os convidativos brindes de ano-novo podem ter sérios reflexos na habilidade de condução do veículo, bem como o celular a toda hora tocando para a troca de cumprimentos. Igualmente, uma alimentação em excesso concentra o sangue junto ao aparelho digestivo, diminuindo a capacidade de atenção no trânsito. Por sua vez, a fadiga de tantos compromissos em horários cada vez mais apertados leva ao sono, responsável por grande percentagem dos acidentes nas estradas.

Duas palavras mágicas para ajudar a cruzar o ano-novo: "atenção" e "paciência". A atenção é crucial, porque muitas das bobagens evitáveis no trânsito ocorrem em frações de segundo, e a própria configuração do trânsito muda em segundos, como um tabuleiro de xadrez no qual todas as peças se movem ao mesmo tempo. Lembre-se aqui que o tempo de resposta médio do condutor é de um segundo para responder a um estímulo externo como a luz de freio do carro da frente. Um segundo pode ser tempo demais. Para ganhar a atenção dos outros, em uma postura de condutor defensivo, conduza seu automóvel com os faróis ligados, em luz baixa, mesmo durante o dia.

Já paciência é igualmente importante, não apenas em relação a condutores iniciantes ou em processo de aprendizagem em Centros de Formação de Condutores, mas também em relação a pedestres que utilizem a faixa de segurança com mais lentidão que outros, tais como crianças ou pessoas na terceira idade. Paciência no trânsito implica coisas como não usar carros com sirene como seus "batedores" particulares, abrindo o trânsito à frente. E não buzinar para o carro da frente assim que o sinal passar ao verde. Ele também percebeu, como você. Lembre-se de que um a cada 12 ataques cardíacos em homens ocorre em congestionamentos de trânsito, pelo estresse e pela poluição.

Com calma e bom senso ao volante chegaremos todos vivos para um feliz 2007.


Nota do Editor: Paulo Ricardo Meira é técnico superior do Detran-RS.

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