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Crônicas
05/01/2007 - 14h07
História de Ano-Novo
Rodrigo Ramazzini
 

O Reveillon de 2007 da família Almeida seria especial. O Romildo (Patriarca) fez questão de convidar boa parte da sua árvore genealógica e a da esposa, para passarem à virada de ano em sua casa. Preparou no quintal, à beira da piscina, uma recheada ceia. Além do evento de passagem de ano, outro acontecimento ocorreria na casa do Romildo: ele seria apresentado ao seu novo genro, namorado da sua filha caçula Gisele. Como tudo era festa, convidara também toda a família do mesmo, que não hesitaram em participar, afinal, era comida de graça, e assim não teriam gastos, apesar da mãe do Jadson (Esse era o nome do genro) ter levado um ótimo doce de chocolate.

Feitas as cordialidades nas apresentações entre famílias, o Romildo logo proferiu: - Sintam-se em casa! E o Jadson não ignorou o pedido do sogro. Sentou-se em uma cadeira com os pés em cima da mesa. O Romildo, curioso por natureza, não pestanejou, e logo começou a entrevistar o pai do Jadson, que de início não gostara da idéia de passar o Reveillon na casa de desconhecidos, mas chegando ao local, viu algumas garotas tomando banho de piscina com biquínis minúsculos, logo trocou de idéia.

Quando falou que era dono de uma funerária, um “oooh” ecoou no quintal, e os homens sentaram-se à volta do Pai do Jadson, que começara a narrar histórias sobre defuntos e velórios. Já as mulheres estavam na cozinha aprontando os últimos detalhes da ceia, inclusive a mãe do Jadson, que odiava cozinha, mas na casa dos outros sempre dava um jeito de ajudar.

Entre muitas conversas e causos a hora passou. Não fosse o avô Beto, que olhava de três em três minutos para o relógio, pois estava com sono e não via hora daquela “palhaçada” (Assim denominara o Reveillon, mas nunca deixava de participar) terminar, todos teriam perdido a virada de ano.

Como anfitrião, o Romildo iniciou os discursos, agradecendo todos os presentes, e em especial a família do Jadson, que pela primeira vez visitava a sua casa. Foi quando a Flavinha, sobrinha do Romildo, gritara:

- Vai começar a contagem. Quatro, três, dois, um: Feliz Ano-novo! Feliz 2007!

Brindaram e abraçaram-se, e Romildo exclamou:

- Que seja um ano de muita saúde para todos! Ergueram todos suas taças com espumante. E o tio Paulo redargüiu:

- Que seja um Ano de muita paz e sucesso! E as taças içaram-se novamente.

E assim sucedeu-se por mais três parentes do Romildo desejar as boas vindas ao novo ano. Foi quando chegou à vez do pai do Jadson, que pensando nos negócios, não sucumbiu:

- Que seja um ano de muitas mortes...

Um sorriso “amarelo” tomou os rostos dos presentes. A nora Gisele sentindo a situação e quebrando o silêncio mórbido que pairou no ar por alguns segundos, lascou, invocando:

- Um brinde a funerária. Que seja um ano de muito sucesso no seu ramo de atuação!


Nota do Editor: Rodrigo Ramazzini é cronista, escreve semanalmente para o site www.sulmix.com.br, e para diversos jornais.

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