A política é uma arte. Assim como o significado da palavra, existem várias maneiras de se entender, de fazer e de usar a política. Para fazermos política, não é necessário se filiar a algum partido ou legenda. Ao trocar idéias com outras pessoas a respeito de algum assunto que seja de interesse comum, já estamos fazendo política, nesse caso o significado da palavra é: “Habilidade no trato das relações humanas, com vista a obtenção de resultados desejados”. Um dos significados diz o seguinte “Política é a ARTE de BEM governar os povos.” Este é o mais difícil de ser praticado, porque os interesses de alguns grupos mais poderosos tornam-se prioridade para o grupo que detém o Poder, principalmente na atualidade, onde considera-se “poderoso” aquele que tem dinheiro e sem dinheiro nada se faz. Hoje em dia, a palavra “política” está até malvista, por causa da maneira egoísta e vergonhosa de exercê-la, por isso se vê tanta gente por aí falando: “Detesto política.” Pois é, como diz nosso poeta Caetano Veloso, é “a força da grana que ergue e destrói coisas belas”. Infelizmente não há como fazer sem “Poder”, palavra que está intimamente relacionada com “Ter”, isto é: ter a faculdade de, a possibilidade, a oportunidade, a força, a autorização, a vontade. Aí é que mora o problema: VONTADE. Vontade de quem? Vontade de quê? Nasci e cresci durante a ditadura militar, e sempre ouvindo dizer que o “comunismo” era uma utopia, quer dizer, algo irrealizável de tão perfeito, onde existiriam instituições políticas altamente aperfeiçoadas que vigorariam em benefício de todos. A palavra “utopia” passou então a significar “quimera, fantasia”, porque infelizmente os seres humanos admitiram e se conformaram de que são incapazes, seja em qualquer modalidade de governo, de governar para o bem da maioria. O resultado está aí, poucos fazem política de verdade. Hoje em dia prevalece o sentido figurado da palavra: astúcia, ardil, esperteza, uma política mesquinha, estreita, de interesses pessoais.
|