Associações não nascem, criam-se.

Um líder não se cria, nasce.

Líder é alguém que têm um fogo, uma chama pensadora e criadora. Leva a causa ao povo e junto luta com todos, por ela. De acordo com o tamanho da causa, pode ser concretizada ou não. Se a causa for fácil, nos limites da comunidade, o próprio povo resolve. Se o líder tiver que extrapolar estes limites, poderá chegar em “autoridades” municipais, ir além destes e, certamente se preciso for, incluirá políticos em sua caminhada e aprenderá muita coisa vida afora.

Se a autoridade procurada for um político honesto, ela caminhará junto e fará esta comunidade crescer, e lhe dará respaldo paralelo e jamais acima, respeitando e ensinando caminhos a serem trilhados.

Se este político for de classe pequena, logo pensará somente em tirar proveito para si próprio. Tentará usar este trabalho e este povo, e principalmente o líder, que ficará sob seu comando ou a seus pés e aí, ele usa o líder, ou o pretenso líder.

Se este líder for honrado, fará crescer o papel a que se propôs, junto a seu povo e sua idéia. Se for sacana, se dobrará ao primeiro político que lhe proporcionar favores pessoais, geralmente um emprego ou outra qualquer benesse, algumas vezes clara, outras vezes não, e aí, cria-se um palhaço e virará um bajulador e todos o reconhecerão por isto.

O líder verdadeiro tem fibra, não se dobra, não é rasteiro, não vira palhaço, trabalha paralelo a todos. Ao mau político, este não serve, poderá até atrapalhá-lo mais tarde. Este deverá será descartado e rechaçado.

De acordo com o caráter do líder comunitário, isto pode acontecer cedo ou tarde.

Estamos vivendo esta época. Muitas associações, do bolso do colete de certos políticos, estão nascendo deste modo.

Algumas lideranças percebem e como não servem de palhaços, caem fora; a outros, isto interessa e servem de trampolim para estes maus políticos que usam associações para dizerem que têm “força de povo”.

Porque imediatamente criam-se associações capengas, para jogar nas costas do outro a sua própria culpa ou fraqueza política.

Num primeiro momento, políticos usam associações falando bem de maus políticos, depois, na hora H, quando lhes for conveniente, falarão mal dos mesmos políticos porque não conseguiram resolver sua própria mentira, mas poderão ter criado um halo de trouxas.

O mau político, vê as necessidades por onde atua e escolhe pessoas em sua caminhada. Sente seus anseios e cria um líder e já faz a proposta de uma associação e engambela o cidadão que envaidecido pensa que de fato é aquilo mesmo, que só falta “ele”, o apontado, começar e tudo se resolverá e a rede o envolve. Na ânsia de resolver o problema e mal informada do sistema, acha que é isto mesmo.

E o infeliz recém-criado líder, ganha o maior abacaxi e não percebe. Como não nasceu líder, seu ego crescerá e poderá ser facilmente dobrado. Logo será reconhecido, pois que o mesmo concordará com tudo o que o político falar, e que este, com certeza, não deixará o líder pensar. Irá municiá-lo de todos os modos. Até poderá fazer alguma coisa para que o líder sinta que está dando tudo certo. E o jugo vai se apertando.

Cabe a comunidade saber separar o joio do trigo. Procurar conhecer mais as pessoas proeminentes ao seu redor. Reconhecer verdades e mentiras.

Por que não resolveu o próprio vereador? Ele poderia tê-lo feito, ou não.

Por que precisa bajular também? É mais fácil falar a verdade do que ficar inventando, pois mentiras têm pernas curtas.

Fale com honestidade, esclareça os fatos.

Maria Cruz