Em política nunca se deve subestimar os palhaços e os canastrões. Sobretudo se eles têm um projeto de poder e piormente se estão no poder. Socialismo ou morte não é um mero disparate vomitado pela boca de um desequilibrado, é um brado que sai da voz que tem comando sobre muito dinheiro, sobre tropas bem armadas, sobre aviação supersônica de última geração e tem a liderança sobre parcela considerável dos governantes da América Latina, cuja ação política financia e apóia. E que tem também o apoio ostensivo do presidente do Irã e de outras lideranças do mundo árabe-muçulmano, formadoras do Eixo do Mal. Socialismo ou morte é um resumo lacônico do Mein Kampf do maior dos palhaços políticos sul-americanos em atividade. O último palhaço a levar às últimas conseqüências suas bravatas foi Hitler e ele conseguiu incendiar o mundo. No começo dos anos trinta pouca gente acreditaria que em mais alguns anos a gloriosa e civilizada Alemanha não passaria de restos calcinados dos que queimaram nos fornos crematórios e nos bombardeios que o Ocidente impingiu ao solo teutônico. A realidade eram as cinzas e os restos mortais dos que pereceram pela insensatez política de um homem que refletia o desejo das multidões ajuntadas como massas e destituídas de qualquer traço de moralidade. O abaixamento do nível moral é a primeira condição para que palhaços empoleirados no poder possam exercer sua nefanda liderança. É a marcha rumo aos infernos. Socialismo "é" morte, sempre e sempre, onde quer que tenha se tornado bandeira das multidões. Onde quer que tenha se tornado plataforma de governo. E o Brasil com isso? Tudo a ver. Chávez faz sem nenhum pudor o que nossos governantes maquinam nos gabinetes na calada da noite. São irmãos de sangue consorciados do Foro de São Paulo. E são por ele liderados. Chávez é um Fidel Castro com dinheiro e juventude e disposição para ir aos últimos atos. Lula é tão responsável quanto o governo dos EUA por essa figura grotesca manter-se indefinidamente no poder. Deu-lhe apoio político de que precisava, salvou-lhe o mandato ilegítimo. Deu-lhe a respeitabilidade de que não dispunha. Reconhece como decente a sua diplomacia de facínora. É co-responsável pela tragédia que se desenha para o povo venezuelano, que certamente será esparramada por todo o Continente, inclusive para o Brasil. Sustada hoje a oclocracia venezuelana demoraria décadas para aquele infeliz País se recuperar do pesadelo socialista de seu maior palhaço. Os EUA são responsáveis ainda maiores porque se alhearam para um problema maiúsculo tão próximo às suas fronteiras. O mundo não se esgota no Oriente Médio. Não têm vontade política para dar ao problema venezuelano - na verdade, a todo levante esquerdista que está em marcha ao Sul do Rio Grande contra os EUA - que poderá custar muito caro em vidas e em destruição. Um palhaço dessa envergadura não descansará enquanto o circo não queimar até o fim. Ele tem a alma de um Nero. Querendo ou não os EUA estarão - estão - metidos no problema e será uma mera questão de tempo saber quando tentarão dar um basta. As freqüentes visitas do presidente iraniano à Venezuela já deveriam ser motivo de alerta. Aquele país do Norte da América do Sul poderia ser uma excelente plataforma de lançamento de algum dispositivo nuclear islâmico, em busca de sua ação vingadora. Os EUA não deveriam subestimar o mal. Palhaços como Chávez não são ladrões menores que se saciam ao se apossarem do saque extraído de seu próprio povo. São messiânicos. Pensam que têm grandeza e que esta se manifesta em desafiar a sensatez e as normas de convivência internacionais. São casos clínicos que deviam ter ido, há muito, habitar hospícios ou patíbulos, como o fez Saddam Hussein recentemente. Fizeram dos palácios de governo seus próprios hospícios, sem guardas e sem médicos. São loucos a apertar os botões do Apocalipse. O que esses loucos querem é pôr fogo no mundo e parece que vão conseguir. Infelizmente. Quem viver verá. Nota do Editor: José Nivaldo Cordeiro é executivo, nascido no Ceará. Reside atualmente em São Paulo. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias coletivistas. É um dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos diários para diversos jornais e sites nacionais. É Diretor da ANL - Associação Nacional de Livrarias.
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