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09/02/2007 - 06h04
Luz no fim da trilha
Luciano Lopes
 
Desabafo

Faz 25 anos que nossa comunidade (Praia do Perez, ao Sul de Ubatuba) aguarda por luz elétrica em nossas casas, tem sido para nós uma luta constante, desistimos da estrada, mas aguardamos a chegada luz.

Somos uma comunidade tradicional, que viveu exclusivamente da pesca e agricultura, nossa vida depende do mar e da interação com a natureza. O tempo passou e hoje para sobreviver dependemos da instalação de energia em nossa comunidade. Não vamos construir condomínio, nem piscinas sobre a costeira, muito menos atracadouros que avançam mar adentro. Apenas queremos ligar um freezer ou uma geladeira, desta forma podemos guardar nossos pescados, as frutas, tomar uma água gelada, infelizmente não temos este privilégio.

Lamentamos a forma como somos tratados por alguns, por mais que a Lei nos garanta direitos iguais, infelizmente por não sermos ricos, poderosos ou influentes temos tratamento diferenciado, isto é somos deixados para depois. No caso específico da rede de energia, nosso processo encontra-se parado no DEPRN, sabemos que não há problemas pelos executivos federal, estadual e municipal, o Serviço de Patrimônio da União e a Marinha, o dinheiro para a instalação da rede encontra-se disponível, mas infelizmente tememos que a autorização saia depois que o prazo do programa federal vencer, assim como foi com o programa passado. Sabemos que esta é a única chance real de nós sermos atendidos, também sabemos que pelo andar da carruagem, infelizmente poderemos mais uma vez ficar de fora.

Não somos reconhecidos como Comunidade Tradicional, assim como nossos irmãos da região norte de Ubatuba, na atualidade nem como comunidade, pois não temos como ter endereço, não temos conta de luz, água ou telefone, por isso creio que não existimos. Nossa comunidade agradece as gerências da Elektro, ao pessoal de Furnas, o Sr. Shinji Yoshino e à equipe do vereador Charles Medeiros pelo empenho e respeito a qual nos assistem. O que mais nos entristece como comunidade tradicional, é saber que somos tratados como forasteiros em nossa própria terra.

Luciano Lopes
Morador e cidadão

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