Conversando com alguns amigos, percebi o estrago que oito horas de trabalho podem fazer a uma pessoa. Oito não, dez. Porque nem sempre podemos contar com a hora do almoço. E muitas vezes temos que fazer hora-extra também. É a vida de jornalista. Pior para aqueles que são chefes, editores, assessores ou ainda docentes. Aí a carga é mais pesada ainda. Tenho saudades da época de estágio em que podia estudar, trabalhar e ainda tinha tempo pra família, para os amigos, pra namorada, pra não fazer nada. Muitas saudades. Agora como diria uma amiga, nessa etapa da vida estou vivendo "um momento de homem maduro, que trabalha para se sustentar, deixando o moleque de lado". Palavras duras, mas talvez verdadeiras. Só não sei se estou pronto pra isso. Cada dia que passa, tenho mais e mais responsabilidades. Mas é assim a nossa dura rotina. Passamos a vida nos preparando, nos esforçando. A vida só é, de fato, bem vivida quando nos propomos a alcançar objetivos, metas. Desde pequenos, nos esforçamos para passar para a série seguinte. Dura fase escolar. Depois nos preparamos para a batalha do vestibular. Depois de formar, pela batalha de um emprego, ou de concurso público. Depois de ascender no emprego desejado. Mas nem sempre as coisas são como queremos. A vida é uma batalha, depende muito de como nós vamos enfrentá-la e quais são as nossas armas. E nessa batalha, o que mais sinto falta hoje é da deliciosa comida da mamãe, do colo do meu pai, dos carinhos de minha namorada e da companhia dos amigos. Nostalgia... Nota do Editor: João Carlos de Amurim é jornalista, formado pela Universidade Católica de Brasília, é editor de conteúdo do Portal Pastoralis (www.pastoralis.com.br).
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