O dicionário define a menopausa apenas como o fim da menstruação, mas quem passa por esse período sabe que essa definição acompanha uma série de transtornos e não é tão simples assim. Ondas de calor, mudanças repentinas de humor, melancolia, angústia são apenas alguns transtornos comuns ocasionados pela travessia desse período cheio de alterações biológicas, endócrinas e emocionais. Segundo o ginecologista Dr. Paulo Veinert, por conta de todas essas alterações durante o período em que a menopausa se instala, a mulher pode escolher o seu papel e assumir a postura de rainha. "A menopausa não é doença e nem a porta de entrada da velhice, mas sim o final da fase reprodutiva e o início de um novo ciclo cheio de novas oportunidades e perspectivas", comenta. A medicina avança e a cada ano surgem novos tratamentos para retardar ou pelo menos amenizar os sintomas da menopausa. Reposição hormonal, terapias substitutivas, dietas balanceadas, programas de atividades físicas, terapias ocupacionais são algumas alternativas disponíveis. Mas e o lado psicológico? Como a menopausa afeta a vida afetiva das mulheres e das pessoas que com ela convivem? De acordo com a psicóloga Lury Yoshikawa, a menopausa não pode ser encarada como um simples período de crise que acomete as mulheres, ela é, na verdade, um processo de profundas transformações e, portanto, de crescimento e desenvolvimento de novas possibilidades. Assim como na adolescência, o corpo é diferente, os papéis sociais passam por reavaliação e é preciso aprender a lidar com os novos limites. "Estas vivências e o seu enfrentamento determinam que mulher ela será daqui para frente: uma bruxa ou uma rainha", diz.
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