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Medicina e Saúde
08/03/2007 - 10h00
Mulheres ganham espaço e perdem saúde
 
 
Doenças cardiovasculares já matam oito vezes mais que o câncer de mama, ou seja, oito milhões de mulheres

A mudança no estilo de vida da população feminina das últimas décadas coloca a medicina em alerta para um expressivo aumento nos registros de doenças cardiovasculares no sexo feminino. Com responsabilidades iguais aos homens, as mulheres passam a desenvolver problemas de saúde que antes eram prioritários do sexo masculino.

Com excessivas jornadas de trabalhos, alta competitividade no mercado, tensão emocional, alimentação inadequada, sedentarismo e tabagismo, os números de enfermidades também crescem como colesterol alto e hipertensão. Segundo a Drª Luisa Alves, cardiologista da Diagnósticos da América / DASA, os males que mais acometem as mulheres são Acidente Vascular Encefálico (AVE), Arritmias, a Doença Arterial Coronariana (DAC), Doença Valvular Cardíaca Reumática e Não Reumática, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Insuficiência Cardíaca Congestiva.

"Além das mudanças de hábitos das mulheres, elas também contam com subavaliação, subdiagnóstico e subtratamento quando se refere às doenças coronarianas", afirma Drª Luisa. Para a especialista os casos do sexo feminino teriam que contar com uma forma diferente de detecção e investigação dos sintomas, que se manifestam de outra forma nos homens. "Essas diferenças de percepção entre os sexos ajudariam na redução da taxa de mortalidade entre as mulheres, mas não é o que acontece atualmente", comenta a cardiologista. Segundo dados da Associação Americana do Coração (American Heart Association-AHA), cerca de 63% das mulheres que morrem subitamente por DAC não apresentam sintomas prévios.

Quando a paciente possui fatores de risco como hereditariedade de doenças cardiovasculares; alto índice de colesterol e triglicérides; consumo de tabaco; pressão alta; sedentarismo; obesidade; estresse e diabetes, deve procurar um especialista, seguir as orientações para prevenção e se submeter a exames específicos. "A mulher diabética necessita de uma atenção especial, já que possui um risco oito vezes maior de desenvolver DAC, Infarto Agudo no Miocárdio (IAM) e morte súbita", acrescenta Drª Luisa.

A procura por um médico é muito importante, pois avaliações clínicas periódicas com exames direcionados podem fazer um diagnóstico precoce de sinais e sintomas, evitando o início tardio do tratamento. Entre os exames que ajudam na detecção de uma doença cardiovascular estão o teste ergométrico (o mais utilizado na detecção, mas não apresenta sensibilidade e especificidade igual em ambos os sexos), cintilografia miocárdica de esforço e angiotomografia de artérias coronárias.

A mulher que for diagnosticada deve iniciar um tratamento com remédios, uma dieta balanceada (com alimentos ricos em frutas, verduras e fibras) e um acompanhamento psicológico. O controle das taxas de colesterol, diabetes, pressão arterial, consumo de sal, acompanhados ao controle de peso e emocional e o não consumo de tabaco devem estar alinhados ao tratamento clínico.

Segundo a Federação Global do Coração (dados de agosto de 2006), mais de oito milhões de mulheres morrem por conta de doenças cardiovasculares anualmente no mundo. A Drª Luisa afirma que no Brasil não é diferente. "A mortalidade por esses males, que incluem Doença Isquêmica do Coração e HAS, é uma das mais elevadas quando comparada com outros países e a participação das mulheres na composição dos óbitos também é das mais altas", ressalta.

"Atenção aos sinais emitidos pelo organismo e orientações médicas são muito importantes, pois historicamente subestima-se a real importância do risco cardiovascular na população feminina quando se compara ao valor atribuído à população masculina", conclui Drª Luisa.

No Brasil, desde 1984 há mais mulheres acometidas com essas doenças do que homens. Ainda há no País uma limitação na compilação das estatísticas de saúde, epidemológicas e demográficas, portanto não há como explicar o porquê da taxa significativa de mortes por doenças coronárias e pelo conjunto das doenças do coração no sexo feminino. Existem inúmeras especulações como maior letalidade dessas doenças nas mulheres, ausência de cultura médica em valorizar os sintomas cardíacos, aumento da prevalência de tabagismo entre as mulheres, menores cuidados na menopausa e até a questão do excesso de mortalidade masculina por causas externas.

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