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Medicina e Saúde
25/03/2007 - 13h54
Hepatite B, piercings e tatuagens
 
 

Instrumentos cortantes mal esterilizados podem ser fontes de transmissão do vírus da hepatite B, cujo poder de contágio é cem vezes superior ao da Aids.

Além de escolher bem o local para colocar o piercing e fazer tatuagem, a pessoa pode tomar vacina para se proteger contra a doença, que mata mais de 1,5 milhão de pessoas por ano no mundo.

Tatuagens, henna, piercing. Para a nova geração esses e outros artifícios são fundamentais para dar um toque diferente e ousado no aspecto visual. Furar a orelha, o nariz e os lábios para colocar um vistoso penduricalho ou tatuar o corpo são atos que requerem cuidados especiais, principalmente por causa da hepatite B transmitida por meio de fluídos e secreções corporais. Se o instrumento usado para perfurar ou tatuar o corpo estiver contaminado com o vírus, pode transmitir a doença para a pessoa. Extremamente resistente, o vírus da hepatite é cem vezes mais contagioso do que o da Aids. Mais de 1,5 milhão de pessoas morrem anualmente por causa das complicações desta doença.

"É importante que todos os objetos cortantes usados por tatuadores e aplicadores de piercings sejam esterilizados em autoclaves e não simples estufas", afirma a dermatologista Ana Mósca, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. De acordo com a médica, o autoclave é um equipamento que faz esterilização por meio do vapor com alta temperatura. As estufas nem sempre possuem termômetros, que permitam o controle da temperatura.

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 2 bilhões de pessoas já tiveram contato com o vírus da hepatite B. Deste total, 350 milhões tornaram-se portadores crônicos da doença - cerca de 5% da população mundial. De 30 a 50% dos doentes crônicos vão desenvolver câncer de fígado ou cirrose hepática.

A transmissão ocorre pelo contato com o sangue e as secreções corpóreas de uma pessoa infectada. Além dos objetos cortantes, outras formas de transmissão são os contatos sexuais, o uso compartilhado de seringas e injeções e as transfusões de sangue contaminado. A mulher infectada pode contagiar o filho durante o parto. Para não contrair a doença, o bebê precisa ser vacinado nas primeiras 12 horas de vida. De 70% a 90% das crianças nascidas de mãe infectadas, e que não foram vacinadas ao nascer, tornam-se doentes crônicos.

Os sintomas da hepatite B são mal-estar, febre, diarréia, vômito e icterícia (pele e olhos amarelados) que surgem, em média, 120 dias após o contágio. Entretanto, há casos de pessoas que manifestam a doença de 45 dias até seis meses após a exposição ao vírus. Dos adultos infectados, entre 90 a 95% se recuperam totalmente da doença. Menos de 1% desenvolve uma forma aguda da doença, a hepatite fulminante, que provoca hemorragia em vários órgãos e pode levar o indivíduo à morte. De 5 a 10% dos adultos infectados não conseguem eliminar o vírus após seis meses, tornando-se portadores crônicos.

Mal silencioso e a vacina

A hepatite B é considerada um mal silencioso, porque nem todos que contraem a doença apresentam sintomas. A maioria das crianças infectadas é assintomática. Já pouco mais de 50% dos adultos apresentam sinais da doença. "Por isso, uma pessoa pode ser portadora crônica do vírus sem saber e, conseqüentemente, corre o risco de contaminar outros ao seu redor", afirma Marco Aurélio Sáfadi, professor-assistente de Infectologia Pediátrica da Faculdade de Medicina da Santa Casa.

No Brasil, estima-se que a hepatite B afete entre 3% e 5% da população. A prevalência da doença varia de acordo com a região. O Ministério da Saúde registra alta endemicidade no sul do Espírito Santo, oeste do Paraná, nordeste de Minas Gerais e sudeste do Pará. A incidência é considerada moderada no oeste de Santa Catarina e norte do Mato Grosso e algumas localidades da Amazônia. Nas demais regiões, a endemicidade é classificada como baixa.

A vacinação em massa contribuiu muito para reduzir a hepatite B no Brasil e no mundo. "A vacina é a maneira mais segura de se prevenir contra a hepatite B, porque oferece proteção superior a 95%", explica Marco Aurélio. Hoje a vacina está disponível na rede pública para pessoas até 19 anos e na rede privada para todas as idades. "Todos têm de ser vacinados, independentemente da idade", afirma Ana Mosca. "Não se admite uma pessoa adquirir doenças evitadas por vacinas", complementa.

A Sanofi Pasteur, divisão de vacinas do grupo francês Sanofi-Aventis, distribui uma vacina contra hepatite B, internacionalmente conhecida como Euvax B. A partir de tecnologia de engenharia genética, a vacina é produzida apenas com a parte do vírus responsável por causar a infecção e apresenta alta eficácia. A vacina possui duas apresentações: uma pediátrica e outra para maiores de 16 anos. A vacina deve ser tomada em três doses, a segunda passados 30 dias da primeira dose aplicada e a última após 180 dias.

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