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Opinião
04/04/2007 - 15h11
Ética para todos os dias
César Döhler
 

No universo corporativo e na arena política, especialmente, muito se fala sobre ética e valores, mas pouco se aplica. A distância do discurso para a prática cotidiana dos princípios éticos é quilométrica no Brasil, embora todos concordem (em tese) que é fundamental priorizar esse tema para construir um país novo - mais digno, mais justo, mais coerente. Há inúmeros canais para o exercício e a difusão da ética ao inteiro dispor do cidadão, como a família, a escola, os amigos, o trabalho, a internet. Em todas essas vertentes, deve-se praticar e propagar a questão ética como a bússola para nortear as relações sociais. É um processo permanente, e que exige paciência histórica, à medida que não traz resultados imediatos.

Vivenciamos a era da conectividade. Cada clique gera milhares de informações, a partir das quais se produz o conhecimento que é combustível para mover os obstáculos e atingir as metas que demarcam o dia-a-dia corporativo. Sem sombra de dúvida, os tempos digitais interferem na questão ética. Hoje, a transparência dos órgãos públicos, dos políticos e das empresas pode ser testada zelosa e democraticamente via internet. Qualquer pessoa pode saber quem foi o deputado que mais usou verbas públicas em favor da comunidade ou, por outro lado, quem teve a campanha eleitoral mais dispendiosa. Isso implica em uma cobrança maior por parte do cidadão, que, por conseqüência, afina seus parâmetros éticos e (espera-se) leva tal preocupação para a prática cotidiana.

Já acordamos rodeados por notícias ruins. Cabe a nós mudar esse cenário. Se cada um fizer uma parte, no seu quintal, exigindo atitudes éticas não só de políticos e empresários, mas até do vizinho, haverá um choque de mudança. Os brasileiros têm um elevado grau de criatividade que pode ser empregado a serviço da ética e dos valores positivos. Fala-se numa crise ética. Pode ser. Porém, a solução para tal crise está dentro do indivíduo, e não "nos outros", "na conjuntura", no "sistema" ou em abstrações do gênero. Vamos deixar um amanhã melhor para nossos filhos? Depende de nós. Uma frase de Victor Civita, o fundador da Editora Abril, pode inspirar o time dos pessimistas: "A resposta costumeira e mais fácil é sempre não. Esse não jamais deve ser aceito enquanto houver motivos inteligentes e imperiosos, que levem a travar uma luta".


Nota do Editor: César Döhler (cesar@dohler.com.br) é economista.

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