Enquanto eu me dedicava à edificante tarefa de fritar bolinhos para o almoço me veio à cabeça que já entrei em luta corporal por alguém ter dito que eu era de fritar bolinhos. Certamente se isso acontecesse hoje eu teria proposto ao interlocutor: - Prove, está bom de sal? As coisas mudam com o passar do tempo, em eras passadas dizer que alguém fritava bolinhos dava briga na certa, queria dizer que a pessoa que colocava a massa no óleo quente era limitada à essa função, não saberia fazer outra coisa. Hoje eu sou capaz de rir da ingenuidade que acometia a todos, entretanto uma coisa fica clara na minha cabeça. Alguns políticos que estão ocupando cargos majoritários são mesmo é de fritar bolinhos. Ao afirmar isso eu nem pensei em ofender o senhor Chow, meu vizinho chinês. Ele ganha a vida fritando bolinhos da sorte. Sempre que o encontro ele diz que detesta o FMI e que daria calote na dívida. Deve ser coisa de chineses e de filhos de mães nascidas analfabetas. Isso só aconteceu depois que Napoleão esteve na China, antes as mães nasciam com o primeiro grau completo, algumas com o colegial, porém raras.
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
|