Luiz Moura

Hoje de manhã, encontrei várias mudas de plantas (imagem acima) ao longo do calçadão que margeia as praias de Iperoig e Itaguá. Em cada pote, com uma muda, existia uma placa que continha um apelo, de conteúdo semelhante ao seguinte: Olá você! Bom dia. Sou uma arvorezinha e preciso ir morar em algum lugar... Só falta você me levar... Obrigada. (Árvore da China, exótica - altura 10 m - Cuidado: não plante perto de rede elétrica.)

Louvável a iniciativa do artesão Luis Bettoni, de Guaratinguetá (SP) e, no sentido de acrescentar, fica o alerta que fiz no De olho em Ubatuba - 07/04/07 que rendeu comentários como o do arquiteto Renato Nunes:

Prezado Luiz,

Muito boa sua chamada sobre o plantio de árvores nas calçadas e seus efeitos. Para minimizar os efeitos negativos dessa prática, tenho sugerido às paredes que nossos poderes públicos editem uma lei, e também a executem através da Secretaria correspondente, uma solução simples utilizada nas cidades da Europa e Estados Unidos. Eles, ao plantar uma árvore na calçada, obrigam que seja feita uma cova com um metro de profundidade e nela seja colocado um tubo de concreto com diâmetro mínimo de 60 centímetros, preenchido com terra boa e a muda que se deseja plantar. As raízes, não podendo se expandir devido ao tubo, têm que ir para o fundo até poderem abrir-se horizontalmente para sua expansão natural em busca de águas do subsolo e equilíbrio da árvore em crescimento. Quando isso acontece, as raízes já estarão longe o suficiente da superfície não causando dano algum às calçadas. Simples, né?

Um abraço,

Renato Nunes