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Opinião
23/04/2007 - 16h21
O lixo nosso de cada dia é arte e fonte de renda
Lair Dorneles Quintana - Pauta Social
 
Reutilizar o lixo é dar nova utilidade a algo que iria fora

Há muito tempo, o homem, no seu relacionamento com o meio ambiente, vem agredindo brutalmente a natureza. Tal fato tornou-se mais intenso após a Revolução Industrial, a partir de 1750, quando na Inglaterra, surgiram as primeiras máquinas e com elas a atividade industrial moderna.

Durante o século XIX, a Revolução Industrial espalhou-se para outros países (França, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Japão, Bélgica e Rússia), ampliando as agressões do homem ao meio ambiente. Com a Revolução Industrial, ocorreu uma grande urbanização (fundação e crescimento das cidades). Os homens passaram a viver aglomerados em cidades. Isso ocorreu de forma intensa, problemas de habitação e de saneamento, como onde buscar água, onde depositar o lixo. O desejo de lucro ou de enriquecimento tem levado as sociedades humanas a danificarem a natureza de forma acentuada. Hoje, o desenvolvimento tecnológico e as necessidades de abastecer, com bens e serviços, uma população que não pára de crescer, pressionam os humanos a intervir cada vez mais sobre a natureza e a operar um volume imenso e diversificado de transformações nas matérias.

Vivemos numa sociedade que consome, ou usa muitos recursos. É a chamada "Sociedade de Consumo", existente nos países capitalistas. Esses países desenvolveram um estilo de vida que exige muitos produtos. Esse estilo de vida consome muitos recursos naturais e produz lixo urbano que representa um grande problema para o ecossistema. Enquanto a natureza se mostra eficiente em reaproveitamento e reciclagem, os homens o são em produção de lixo.

Os ciclos naturais de decomposição e reciclagem da matéria podem reaproveitar o lixo humano. Porém uma grande parte deste lixo provoca um grande problema porque muitas substâncias manufaturadas pelo homem não são biodegradáveis. Quando o homem explora os recursos da terra e não os reutiliza ou recicla, o meio ambiente se polui com o refugo desses produtos. As grandes cidades não encontram espaço suficiente para abrigar o imenso e crescente volume de lixo que produzem.

Pesquisadores e ambientalistas apontam: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Os RRR são a chave para diminuir os problemas que o lixo pode causar. Reduzir significa que devemos nos esforçar para produzir menos lixo, comprando apenas o necessário, utilizando o máximo tudo o que compramos, evitando o desperdício. Devemos reutilizar, isto é, dar nova utilidade a algo que iríamos jogar fora. O lixo urbano é muito rico. Não devemos jogá-lo fora, grande parte do conteúdo de uma lata de lixo comum é aproveitável, é necessário que se faça a separação do lixo sólido do orgânico. A coleta seletiva reduz muito o volume de lixo nos aterros sanitários.

O problema do lixo não é só do governo, a comunidade pode, e deve, participar desta tarefa. O lixo é fonte de sustento para diversas famílias. De problema a solução, o lixo passa por uma simples mudança de ponto de vista. Encontramos pessoas, catadoras de lixo, nos lixões das cidades. Elas separam garrafas de vidros, embalagens de plástico e papel para vender. Assim como os catadores de papel, elas conseguem o dinheiro necessário à sua sobrevivência. O lixo também pode ser reaproveitado na criação artesanal, com isto as pessoas além de contribuir com a preservação do meio ambiente podem aumentar sua renda familiar vendendo os objetos. Há soluções para o lixo, transformando entulho em obra de arte.

Os ganhos, para a sociedade, da coleta seletiva dos materiais recicláveis são inúmeros, podendo destacar a geração de emprego e uma melhor qualidade de vida para as pessoas de baixa renda. A maioria das pessoas não percebe ou não entende que a natureza deve ser respeitada e compreendida em seu conjunto. Se assim fosse, poderiam ser tomados cuidados para não danificá-la, em benefício da própria sobrevivência da nossa civilização e das gerações futuras.


Nota do Editor: Lair Dorneles Quintana é professora de História e Geografia da Escola Municipal de Ensino Fundamental Papa João XXIII de Caxias do Sul (RS)

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