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25/04/2007 - 14h09
Dois em um
João Batista da Silva
 

É unânime a indignação de quem viaja diariamente nos ônibus da cidade. E não é com a demora absurda, nem com a má qualidade de boa parte da frota e sim, com a situação dos motoristas que são obrigados a trabalhar como cobradores, ao mesmo tempo em que dirigem.

Dirigir ônibus é profissão de alto risco (que expõe vidas humanas ao perigo) e exige a máxima concentração do motorista, seja com o trânsito ou com as dezenas de passageiros que sobem e descem ao longo do trajeto.

No caso de Ubatuba o risco é ainda maior já que todas as linhas percorrem longos trechos de rodovias de tráfego intenso e, nos feriados e temporadas, o volume de carros e motoristas imprudentes cresce assustadoramente.

Mesmo assim, para não contratar funcionários (e diminuir seus lucros) a empresa obriga seus motoristas a exercer duas profissões, piorando o serviço e explorando abertamente esses funcionários, já que eles não recebem qualquer remuneração adicional pelo trabalho extra.

O resultado dessa prática é caótico. Qualquer ponto com mais de cinco passageiros, com crianças em algazarra ou um passageiro pagando com uma nota de R$ 50,00, por exemplo, já irritam o motorista (que se atrapalha) e aos passageiros que se impacientam.

Nos anos oitenta a idéia foi usada em São Paulo. Foi o caos. Jovens passavam em caravana pela catraca sem pagar passagem, penduravam-se na porta dianteira e, não raro, algum doidão metia a mão no caixa ou no bolso do motorista e saía em disparada no meio do trânsito. Não funcionou.

Não sabemos se há amparo legal para tal prática, seja nas leis trabalhistas, na Constituição ou qualquer outra instância reguladora das atividades humanas no país.

O que sabemos é que a prática é constrangedora para passageiros locais e visitantes, que se estressam nas filas. E para o motorista-cobrador é humilhante, já que toda a revolta e crítica pela má qualidade do serviço se voltam contra ele.

Assim, ele é obrigado a dirigir um trambolho por ruas estreitas ou rodovias movimentadas, cuidar do acesso e descesso dos passageiros, receber passes, dinheiro, fazer troco, guardar o dinheiro, ficar atento ao tráfego, lombadas, pedestres, escolas, crianças, idosos, bêbados e um monte de passageiros descontentes xingando em voz alta durante todo o trajeto.

Esses motoristas estão pagando o preço de uma ganância que não é deles. Ou será que ganham milhões?

João Batista da Silva
allafrik@ig.com.br

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