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Opinião
02/05/2007 - 11h10
Quanto mais cedo, melhor
Marta Biteti e Maria Rocha - Pauta Social
 
Cada vez mais cedo, as criança estão transpondo os espaços familiares

A progressiva participação das mulheres no mercado de trabalho foi crucial para uma revolução na demanda da Educação Infantil. Cada vez mais cedo, os pequenos estão transpondo os espaços familiares e ingressando na educação institucionalizada.

Apesar de amedrontadores, são nesses primeiros passos no ambiente escolar que a criança encontra ferramentas para consolidar com autonomia a sua própria identidade. A escola é o primeiro espaço onde a condição da criança enquanto sujeito é valorizada. Ao contrário de outros locais, ali o que realmente importa é quem ele é, e não quem é sua família. É na escola, portanto, que o cordão umbilical psicológico que fazia da criança um ser único com sua família é delicadamente cortado. A partir de então, ela começa a descobrir e construir o seu próprio eu. E, a escola fornece as ferramentas indispensáveis para este processo.

Interagindo com crianças da mesma faixa etária, o pequeno indivíduo poderá conhecer mais sobre si mesmo e sobre os outros. Trocará experiências, e ao mesmo tempo será e terá novos modelos. Se antes ele ainda se confundia inconscientemente com os pais, e os tinha como únicos modelos, agora terá uma multidão de opções, estímulos, alternativas a seguir. Terá que fazer escolhas. Pela primeira vez, decidir por si só sobre aquilo que quer ser.

Mas, também conhecerá limites. Precisará seguir regras, ceder, dividir. Aprenderá a receber não como resposta e a falar sim. Aprenderá a dar passos de autonomia, ao mesmo tempo em que será desafiado a trabalhar em equipe. Por fim, aprenderá a viver. Conviver em sociedade.

Exposto a uma avalanche de informações e estímulos neurológicos, na escola o pequeno terá matéria prima para construir o próprio conhecimento de mundo. Isso porque a criança é a conseqüência das interações que estabelece com o meio. É por meio do acesso às novidades que a vida em grupo propicia que ela estabelece ativamente relações, constrói por si só os caminhos neurológicos. Enfim, desenvolve suas próprias habilidades cognitivas.

Como nenhum outro espaço, a escola favorece o acesso ao legado do conhecimento humano. No ambiente escolar, gradativamente, os pequenos são expostos a situações de aprendizagem. E, com isso, as faculdades mentais, sejam cognitivas ou não, são moldadas com primazia.

É neste íntimo contato com o mundo fora das quatro paredes de casa que a criança conquista a confiança necessária para enfrentar os desafios da vida. Quanto mais cedo ela perceber que é capaz de vencer os confrontos inerentes ao crescimento, mais facilmente aprenderá a gostar de si mesma. Com a auto-estima elevada, estará pronta para sonhar alto e a lutar por isso.

Não por acaso, pesquisa feita nos Estados Unidos constatou que crianças que vão a escola são mais bem sucedidas no futuro. O estudo feito com crianças de baixa renda com idades entre 3 e 8 anos apontou que entre aquelas que receberam assistência educacional em instituições durante a infância, décadas depois, 29% ganhava mais de 2 mil reais mensais e 36% tinham casa própria. Já entre aquelas que não foram para escola, apenas 7% ganhava mais de 2 mil e 13% tinha casa própria.

Apesar de deixar o coração apertado, colocar o filho quanto mais cedo na escola é a melhor contribuição que os pais podem dar para o futuro dele. Mais que boas universidades, cursos extra curriculares, investir na primeira infância é o primeiro e mais certeiro passo para o desenvolvimento de todas as potencialidades guardadas nos pequenos.


Nota do Editor: Marta Biteti e Maria Rocha são psicólogas e diretoras da Escola de Educação Infantil Ápice, em São Paulo.

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