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Opinião
10/05/2007 - 11h21
A hora de reagir
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Desde Monteiro Lobato, que chegou até a ser preso por afirmar a existência de petróleo no subsolo brasileiro, e de Vargas que, convencido disso, nos anos 50, fundou a Petrobrás, o petróleo tem sido a grande chave do desenvolvimento do país. Nesses 60 anos, partimos do zero e montamos a grande indústria petrolífera brasileira, que nada deve em competência e tecnologia a qualquer outra do mundo. Tanto que com elas concorre fora do território nacional. Ainda conseguimos desenvolver o etanol, alternativo do petróleo, hoje promovido economicamente à categoria de ouro diante dos temores do aquecimento global.

As conquistas - do petróleo e do etanol - são resultados de muito trabalho, sacrifício e investimentos públicos e principalmente privados. Até o mais modesto consumidor paga por isso através do elevado preço da gasolina, mais cara aqui do que no mercado internacional, inclusive nos países vizinhos, que importam o produto brasileiro.

O sucesso do etanol provoca no Brasil uma nova febre desenvolvimentista, com a construção de dezenas de destilarias e a ampliação dos canaviais. A expectativa é que tudo dê certo, a economia nacional e o povo lucrem com isso através de novos empregos e outros benefícios da economia aquecida.

Nos últimos meses, no entanto, a indústria brasileira de combustíveis vem sofrendo retaliações de "los hermanos". O presidente da Bolívia, Evo Morales, já invadiu e ameaça nacionalizar, sem o devido pagamento, as duas refinarias da Petrobras naquele país. Hugo Chaves, da Venezuela, faz críticas abertas ao etanol brasileiro, em coro com o debilitado caudilho cubano Fidel Castro. E até agora não vimos qualquer reação oficial do governo brasileiro.

A nação e o empresariado esperam uma posição do presidente Lula frente aos ataques de seus "compañeros". Mesmo com toda sua reverência e homenagens ao comandante Fidel, a ajuda a Chaves durante a tentativa de golpe e as eleições venezuelanas, e a torcida por Morales, não pode se esquecer dos interesses brasileiros que, como chefe de Estado, tem a obrigação de defender. A ideologia jamais poderá suplantar o dever!

Empresários, dirigentes classistas e o povo aguardam que, sem demora, o presidente use a rede nacional de rádio e tv para informar clara e concretamente o quê ele próprio e seu governo estão fazendo (ou vão fazer) para afastar o olhar de vampiro que seus amigos castelhanos insistem em lançar sobre a nossa indústria de combustíveis. Isso tem que ser feito o mais rápido, antes que as ameaças e vaticínios de além fronteiras possam criar dificuldades e desânimo.

Foi vendida por décadas à população brasileira a idéia de que no dia em que o Brasil não precisasse mais importar petróleo, o preço dos combustíveis cairia. A autonomia já foi alcançada e festejada, mas os preços continuam altos. Talvez haja explicação para isso. O inexplicável, porém, é a inércia brasileira diante do "fogo amigo", que poderá ser interpretada como fraqueza e ruir a confiança do investidor privado. Na incerteza ninguém investe e, sem investimento, até os bons negócios fracassam.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e presidente da APOMI (Associação dos Policiais Militares do Estado de São Paulo).

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