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Medicina e Saúde
15/05/2007 - 08h03
O aborto e a saúde pública
Cláudio Osti
 

O aborto é um assunto controverso. Ele é legalizado em vários países da Europa e nos Estados Unidos. Ele é legal em 19 dos 20 países que têm os maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) e voltou a ser discutido nos últimos dias no Brasil depois que o ministro da Saúde, José Gomes Temporão sugeriu a realização de um plebiscito para que a população discuta a legalização do aborto. Os bispos participantes da 45ª Conferência Nacional dos Bispos do Brasil criticaram duramente a sugestão do ministro. Como se vê o aborto é um assunto muito polêmico.

Existem várias tentativas de se explicar o exato momento do início da vida. A mais usual é o momento do encontro do óvulo com o espermatozóide. A mais nova teoria diz que a formação do cérebro se dá por volta da 24ª semana após a fecundação.

Particularmente, pela fé que tenho na vida e pela minha religião, eu sou contra o aborto. Ele em nada melhora a vida da população. Além disso, a discussão deveria ser outra. A discussão deveria ser porque no Brasil ele ocorre tanto. No nosso país as estatísticas mostram que são realizados 38 abortos por grupo de mil mulheres. Na Turquia, país mais pobre do que o Brasil e onde o aborto é legalizado, ocorrem 13 por mil. Nos Estados Unidos são 26 por mil mulheres.

O fato é que o nosso sistema de saúde pública está muito, mas muito longe de ser a ideal. A educação sexual, gravidez na adolescência, o sexo sem responsabilidade, são temas que deveriam ser tratados com mais atenção, pois são essas situações que acabam desencadeando o processo de aborto e o aumento da mortalidade materna em decorrência dele.

Num país tão sexualizado como é o Brasil, a discussão sobre o sexo deveria ser tratada como prioridade para a saúde pública. Usando e abusando de campanhas de esclarecimento, com educação sexual nas escolas e tudo o mais. Hoje o país é referência no mundo quando se trata de campanhas de prevenção e combate a Aids.

Ora, se o Brasil conseguiu este feito, também pode conseguir reduzir a morte de fetos e mães provocadas pelo aborto.

Como vocês podem notar o assunto realmente é controverso. Nós retornaremos ao tema em breve.


Nota do Autor: Márcio Dantas de Menezes é médico, palestrante e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual.

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