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SEÇÃO
Crônicas
16/05/2007 - 21h07
Pobre nunca mais
Ruth Barros
 

Um amigo querido de Anabel jura que nunca mais namora mulher pobre. Antes que todas nós, pobres e mortais pensemos em crucificar o rapaz, devo dizer que ele tem dose de razão. O moço veio de uma experiência traumática. Por um resto de decoro, até porque a escriba tem certos interesses na área, me abstive de perguntar maiores detalhes. Mas usando um pouco de minha descabelada imaginação e alguns fragmentos de realidade posso construir uma cena. Como todo jornalista que se preza sabe, o que vale é a versão, não os fatos. Mas passemos a eles.

Primeiro eu acho que a afirmação dele é balela. Entre suas qualidades, o rapaz tem um grande coração. Ele fala as coisas na hora da raiva e depois esquece. Mesmo porque ele sabe que pobreza não é defeito. Mas como nada é perfeito, como eu acompanho a vida dele já há algum tempo, sei que ele é muito ciumento, daqueles de aprontar barraco mesmo. Um conhecido nosso, que é mais jeca, acha que com uma namorada meio bagaceira seus problemas acabaram, já que ninguém vai querer mesmo. E os homens são muito influenciáveis entre eles. Espero sinceramente que ele escape dessa armadilha nefasta. E atenção, longe de mim de achar que pobre é bagaceira, essa é mais uma categoria moral que financeira e nela muitos de conta recheada também incorrem.

Se pobreza não é defeito, ser jabazeiro é. Infelizmente para a categoria, tem muita mulher que acha que vai se dar bem em cima dos sujeitos para sempre, e fica sempre tentando extorquir favores, benesses, contas, viagens. Claro que as ricas também podem ser muito chegadas a esse comportamento. Mas elas, a não ser que sejam muito muquiranas, podem se dar a esses pequenos luxos. Já as pobres não têm outra alternativa, o que piora a vida delas - e deles. E antes que meus amados e escassos leitores queiram me crucificar também junto com o autor da frase, juro que não é juízo de valor, quem sou eu, primo, mas apenas uma análise fria de algumas coisas já vistas e vividas.

Anabel Serranegra não descarta a possibilidade de arranjar pretendentes abonados


Nota do Editor: Maria Ruth de Moraes e Barros, formada em Jornalismo pela UFMG, começou carreira em Paris, em 1983, como correspondente do Estado de Minas, enquanto estudava Literatura Francesa. De volta ao Brasil trabalhou em São Paulo na Folha, no Estado, TV Globo, TV Bandeirantes e Jornal da Tarde. Foi assessora de imprensa do Teatro Municipal e autora da coluna Diário da Perua, publicada pelo Estado de Minas e pela revista Flash, com o pseudônimo de Anabel Serranegra.

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