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Opinião
23/05/2007 - 17h00
Fé e RH das empresas
Faustino Vicente
 

Uma das mais célebres frases da história da humanidade é - ver pra crer - que, segundo a Bíblia, é atribuída a incredulidade de Tomé, um dos doze apóstolos de Cristo, quando soube da ressurreição do Mestre. Como Tomé errou, preferimos o - crer pra ver - mas, para acreditar, é de fundamental importância que saibamos o significado da palavra Fé. "Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem." (Hebreus, 11, 1). O cristianismo a tem como uma virtude teologal.

Napoleon Hill, em seu livro A Lei do Triunfo, considera a fé como o maior dos milagres, citando exemplos de descobertas científicas e inovações tecnológicas que somente ocorreram graças à crença de inventores, cientistas e pesquisadores. Pensamento positivo, confiança no próprio talento, poder da mente, inteligência emocional e outras expressões semelhantes são, na sua essência, manifestações de fé. A mídia tem mostrado casos de pessoas com necessidades especiais, que acabaram provando que a deficiência não é, obrigatoriamente, causa da ineficiência. A extraordinária capacidade de superação do Ser humano nos mostra que o nosso destino está em nossas mãos. Desculpe, em nossa mente.

Uma das situações mais constrangedoras e indignas, da atualidade, é a excessiva desigualdade econômica e social mundial - chaga viva da sociedade contemporânea - que deve ser minimizada através de políticas públicas, marketing social das empresas e ações de solidariedade dos movimentos comunitários. Esses movimentos do Terceiro Setor, conhecidos pelos projetos sociais desenvolvidos por voluntários, são movidos pela espiritualidade, cidadania e responsabilidade social dos integrantes das ONGs. Uma dessas entidades, a SSVP - Sociedade São Vicente de Paulo -, completa neste ano 174 anos de existência, com atuação nos cinco continentes. Antônio Frederico Ozanam (1813-1853), professor da Universidade de Sorbonne (França), fundou-a quando tinha apenas 20 anos de idade.

A longevidade da SSVP é referência mundial, não apenas em inclusão social, pois, sem perder a sua identidade, soube se adequar às profundas transformações que a humanidade sofreu nestes dois últimos séculos. A recente compra da Varig - oitenta anos de excelentes serviços prestados - pela Gol, com apenas seis anos em operação, ratifica a notícia de que, após 32 anos, só 23,4% das empresas mantêm o "status" no ranking das 500 maiores do Brasil. Estudo mostra que 383 dessas companhias, de 1973 a 2005, não conseguiram manter sua igual importância no mercado. Este fato não é exclusividade do nosso país. A liderança mundial assumida pela Toyota tornando-se a maior montadora do planeta, ao ultrapassar a produção da GM que estava a frente do mercado havia 70 anos, é mais do que uma evidência objetiva.

Esses fatos consagram a máxima: quem vacila na assistência, perde pra concorrência. Essa assistência deve ter como ponto de partida o gerenciamento de recursos humanos das organizações. A satisfação total do cliente é conquistada pelas empresas que colocam o funcionário em primeiro lugar, pois estratégico mesmo... é investir em gente. O clima organizacional que encanta os funcionários, e aumenta a lucratividade, pressupõe comunicação sistêmica, horizontal e transparente e um sistema de incentivos motivacionais que respeite os valores humanos e dê oportunidades (iguais) para que os colaboradores possam desenvolver o seu potencial. Os gestores de pessoas devem possuir competência técnica, conduta ética, habilidade eclética e liderar de forma compartilhada e interativa.

Concluímos que se, além da utilização da tecnologia disponível, da aplicação dos princípios da excelência em gestão e dos recursos da infovia, lêssemos, refletíssemos e vivenciássemos os ensinamentos contidos na Bíblia, teríamos mais momentos felizes e, conseqüentemente, seriamos mais prósperos.


Nota do Editor: Faustino Vicente (faustino.vicente@uol.com.br) é consultor de empresas.

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