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SEÇÃO
Crônicas
21/05/2007 - 16h08
Febres & sintomas
Ronaldo Dias
 

Apesar de leigo em ciências médicas, a curiosidade e a observação prática, levaram-me a identificar inúmeros tipos de febres. Cabe lembrar que pude identificar apenas alguns sintomas. Outros podem ser acrescidos quando, por dedução ou por "insite" o leitor identificá-los:

Febre da inveja: Esta febre acomete pessoas incapazes que não conseguindo, por seus próprios meios, evoluir, ficam prostrados, geralmente babando, desejando avidamente o que não é seu.

Febre da ganância: Grave. Esta é sintomática. As pessoas acometidas por este mal, são solitárias. Não tem relacionamentos sociais. São abastadas, porém, vivem isoladas, mantendo uma relação libidinosa com suas posses. Sonham que estarão presentes para assistir o juízo final.

Febre da auto-afirmação: Quando o indivíduo não conquista seu espaço (neste caso há inúmeros diagnósticos de causas), desde a "banição" de sua cidade de origem até, a real incapacidade para executar suas próprias propostas. Estes mentem. Mentem nos primeiros momentos, pequenas mentiras. Lançam-nas como balão de ensaio, para ver quem e até onde acreditam. Na fase intermediária, apresentam um CV com intenção de impressionar os crentes. Pirateiam obras que não são suas e colhem méritos alheios. Também, nesta fase, em qualquer oportunidade, para tentar mostrarem-se importantes, dizem-se amigos (ou consulentes) do rei. Alguns acometidos ficam dóceis. É preciso apenas, saber lidar com eles e, fingir acreditar em suas mentiras. São inofensivos. Mas, é preciso cautela no diagnóstico. Há casos gravíssimos quando é recomendada a internação.

Febre do poder: Pode-se considerar este, o mal da humanidade desde que o homem deixou de ser macaco. Os acometidos, sem exceção ficam tão prepotentes que, olhando-se no espelho, não procuram pela beleza que não tem. Vêem-se como Deus. Na história da humanidade são facilmente identificados, tanto quanto, no nosso dia a dia, até trabalhando como chefe, em uma obra clandestina ou, em algum magazine qualquer. Os sintomas são sempre os mesmos, independente do posto "escolhido", pelo acometido, para externar sua doença. Pensam serem amados, imaginem! Na verdade, são odiados.

Existem inúmeras febres perniciosas, para quem tem e, para quem convive, com os acometidos por estes males. Porém, com este breve relato, ficará fácil e, ludicamente interessante identificá-las.

Os leitores, com idades acima dos 50 anos, independente de sua formação escolar, terão maior facilidade. Questão de "filing", só adquirido com a experiência da (e na) vida. Digo isso porque existem pessoas que estão vivas e não "viveram".

Finalmente, quero esclarecer que, não só de males há febres. Há boas febres também. Uma, em especial, com a qual todos nós nascemos e, que ao contrário de buscar vacinas e antídotos, deveríamos promover sua epidemia. É a febre do amor. Seus sintomas, pregados pelo criador, são a salvação do mundo.

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