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Medicina e Saúde
23/05/2007 - 08h06
Artrite? Pode ser Lyme, a doença do carrapato
 
 

Febre, fadiga, dor e rigidez nas articulações, dores nos músculos, sintomas muito semelhantes e muitas vezes diagnosticados como artrite reativa, fibromialgia, síndrome da fadiga crônica, virose ou até mesmo quadro depressivo. Todos podem ser sintomas da Doença de Lyme-símile ou a doença do carrapato.

Um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) identificou uma doença ainda pouco conhecida no Brasil. O Mal de Lyme-símile, transmitido por carrapatos, pode causar males como meningite, surdez, artrite e doenças cardíacas, abrangendo várias especialidades médicas, como dermatologia, reumatologia, cardiologia e neurologia. É uma doença relacionada com bactérias hospedadas no intestino do carrapato. Nos EUA, foi descrita pela primeira vez na cidade de Lyme, Connecticut em 1975, onde vários casos de artrite aguda entre adolescentes levaram à descoberta médica da doença.

No Brasil, o único laboratório de diagnósticos que realiza comercialmente o teste para a doença, o faz com relação ao tipo de carrapato existente nos Estados Unidos, diferente da versão Brasileira. Por esse motivo, o grupo de pesquisadores da USP criou um teste específico para detectar o Lyme-símile. O teste só é realizado no Hospital das Clínicas da FMUSP, onde é possível então diagnosticar corretamente o mal de Lyme-símile.

"Uma antiga paciente que havia sido tratada de problema ortopédico, procurou-me com diagnóstico de ‘artrite reativa’. A paciente consultou médicos de várias especialidades, uma vez que seus sintomas não melhoravam e seus exames laboratoriais estavam muito alterados. Tomou corticosteróides e antiinflamatórios durante meses e cada vez que a medicação era diminuída, sofria grande piora das dores musculares no corpo todo", relatou a Drª Yeda Bellia, responsável pela Fisioterapia Yeda Bellia (www.yedabellia.com.br), em São Paulo.

O gastroenterologista dessa paciente, por conhecer o caso de outra paciente com sintomas semelhantes, solicitou, em fevereiro de 2006, exame para doença de Lyme-símile na Faculdade de Medicina da USP, mais especificamente no Laboratório de Interação Microrganismo e Artrite da Disciplina de Reumatologia. O resultado foi positivo. Ela já havia feito este exame duas vezes na fase inicial de seus sintomas em um dos principais laboratórios particulares de São Paulo, cujos resultados haviam sido negativos.

A paciente iniciou tratamento com o Dr. Natalino Hajime Yoshinari, pesquisador do Laboratório da Faculdade de Medicina da USP, que prescreveu antibioticoterapia por 10 semanas e antiinflamatórios. Foi melhorando lentamente. Hoje seu quadro clínico melhorou 95%, continua com a fisioterapia para recuperar sua flexibilidade, resistência e força muscular.

Segundo a Drª Yeda, "é importante divulgar essa doença que deve ser tratada o quanto antes, para evitar que evolua para os estágios com seqüelas algumas vezes irreversíveis".

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