A reposição hormonal, tratamento muito usado atualmente em mulheres na pós-menopausa, quando feita por pacientes que têm histórico de câncer de mama na família ou que já tem esta neoplasia deve-se ter precaução: usar a menor dosagem possível e pelo menor tempo, e sempre acompanhada por um especialista. Hoje em dia, há estudos que comprovam que a reposição hormonal feita de uma maneira contínua aumenta o risco relativo dessas mulheres de contraírem o câncer de mama ou piorarem o quadro médico da paciente. Câncer de mama O câncer de mama atinge uma entre nove mulheres e a ocorrência desta neoplasia tende a aumentar devido a dificuldade em diagnosticar o tumor na sua fase inicial, que pode ser confundido com outras doenças. "Não existe uma causa para o câncer de mama. A prevenção e o diagnóstico da doença de mama iniciam-se com a história clínica completa. É importante lembrar que o diagnóstico de câncer de mama não pode ser excluído por qualquer achado isolado na história da paciente. As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o auto-exame das mamas, o exame clínico e a mamografia", explica Dr. Roberto Hegg. Reposição hormonal A terapia de reposição hormonal geralmente utiliza tratamento com apenas estrogênio, ou com o hormônio combinado a progesterona. Com o tratamento hormonal, os níveis de estrogênio e progesterona não alcançam os níveis naturais de antes da menopausa. Menopausa A menopausa é a última menstruação da mulher, e encerra seu período fértil. O período em que a mulher convive com alterações e irregularidades menstruais, até culminar na menopausa, é conhecido como pré-menopausa. Nota do Editor: Dr. Roberto Hegg é ginecologista e mastologista. Além de atender no consultório, é professor associado livre docente da Faculdade de Medicina do Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo, onde é responsável pelo setor de oncologia clínica do departamento de ginecologia. Dr. Roberto também tem vasta experiência em estudos clínicos sobre câncer de mama.
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