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Medicina e Saúde
26/05/2007 - 10h44
HPV, o vilão do câncer de cólo do útero
 
 
Vacina preventiva ao HPV pode diminuir a incidência de homens e mulheres infectados pelo vírus

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima-se que mais de 685 mil casos de HPV (Vírus do Papiloma Humano) sejam registrados a cada ano no Brasil. Dados do Instituto informam ainda, que cerca de 18 mil novos casos de câncer uterino são registrados no país anualmente e que quatro mil mulheres morrem por ano em função da doença.

O HPV é um vírus que afeta tanto homens quanto mulheres. Com mais de 100 tipos diferentes, a maioria dos tipos de HPV não causa nenhum tipo de sintoma e desaparece sem tratamento. Facilmente identificada pelos exames de rotina realizados pelas mulheres, cerca de 30 tipos de HPV são conhecidos como HPV genitais, e caso não sejam tratadas podem se tornar células cancerosas.

Chegada recentemente ao Brasil, a vacina preventiva à infecção pelo HPV, conforme estudos realizados, não é indicada para quem já possui o vírus. Segundo o Dr. Celso Luiz Borrelli, coordenador do serviço de ginecologia e obstetrícia do Hospital San Paolo, quatro tipos do vírus merecem especial atenção, são eles os tipos: 6, 11, 16 e 18.

Os tipos 6 e 11 são responsáveis principalmente por lesões benignas e representadas pelas já mencionadas verrugas genitais, que geralmente são tratadas através de cauterizações, ou ainda por substâncias químicas ou aparelhos que se assemelham ao bisturi elétrico, com aplicação de anestésicos locais.

Os outros dois tipos 16 e 18, por sua vez, são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero. Quando não tratadas, dependendo do paciente, podem evoluir para um câncer genital, especialmente o câncer de colo do útero.

Aprovada este ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e fabricada pelo laboratório Merck Sharp & Dohme, a vacina quadrivalente feita para combater os quatro tipos do vírus é indicada para mulheres entre 09 e 26 anos de idade. Por ser feita com partículas extraídas do vírus, a vacina contra o HPV testada pelo laboratório não permite que mulheres vacinadas desenvolvam câncer ou verrugas genitais.

Segundo a Anvisa o preço estipulado é de cerca de R$ 364,00 e é necessário tomar três doses para ter garantia de estar livre do vírus, principal causador do câncer de colo do útero.

Na opinião do Dr. Celso Borrelli, homens e mulheres devem ser vacinados, independente de ter ou não o vírus, já que no caso de pessoas contaminadas o objetivo é evitar a transmissão e incidências de pré-cancer. "Essa vacina não possui público-alvo", afirma o especialista.

Inicialmente o câncer não apresenta sintomas e é chamado de "in situ". "Apesar de não produzir qualquer sinal ou sintoma, este tipo incipiente de câncer pode ser identificado por meio de exames preventivos como o exame de Papanicolau e a Colposcopia", enfatiza o Dr. Celso Borrelli.

Diagnosticado nesta fase o câncer pode ser tratado por cirurgias conservadoras, muitas vezes realizadas em regime ambulatorial, com anestesia local, sem necessidade de internação hospitalar e que preservam a fertilidade da mulher. "Quando o câncer é detectado neste estado inicial obtêm-se 100% de cura e evita-se o câncer invasivo (forma avançada), onde as taxas de cura são muitíssimo menores", explica o especialista.

Instalado o vírus, não significa que as mulheres infectadas com certeza contrairão câncer. Um número pequeno de mulheres que têm o vírus terá o câncer por conta dos genes que impedem a ação do vírus onco-genético. No entanto, as mulheres com câncer de colo de útero tiveram o vírus.

Métodos simples como o uso da camisinha e o controle de parceiros sexuais pode diminuir o risco de infecção. Em casos de contágio "o melhor caminho sempre será o diagnóstico e tratamento precoce das lesões precursoras resultantes da infecção pelo vírus HPV", conclui Dr. Borrelli.

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