Cirurgiões realizam procedimentos menos agressivos para reduzir o efeito do tempo sobre a face
Criada pelo cirurgião-plástico Renato Saltz, pioneiro em cirurgia endoscópica nos EUA e membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica, a ritidoplastia é adotada, no Brasil, pelo doutor Carlos Casagrande, membro da SBCP e um dos pioneiros da utilização do método para suspensão da face no País. Técnica melhora a expressão A ritidoplastia por videoendoscopia foi apresentada oficialmente à comunidade científica em 1999, nos EUA. Desde então, passou por uma série de aperfeiçoamentos para amenizar o aspecto de envelhecimento da face. Como resultado, eleva o supercílio, suspende a "maçã do rosto", reduz rugas e sulcos como o "bigode chinês" e aumenta o volume da bochecha, por exemplo. Menos agressiva do que a ritidoplastia tradicional (bicoronal), o procedimento videoendoscópico dispensa incisões drásticas e apresenta um pós-operatório mais confortável para o paciente, segundo Carlos Casagrande. Para a suspensão do supercílio, por exemplo, são feitas pequenas incisões de cerca de um a dois centímetros no alto da testa, no couro cabeludo. Através dos cortes é inserido o aparelho, com uma microcâmera acoplada, que transmite a imagem para um monitor, pelo qual é possível visualizar e descolar os tecidos quase sem cortes. Com métodos especiais, o cirurgião reposiciona os músculos faciais, supercílio e as gorduras que dão volume à face. Uma cirurgia como essa pode durar de 40 minutos a duas horas, de acordo com o especialista. O procedimento recupera as expressões faciais de cansaço e tristeza, retardando visualmente o processo de envelhecimento facial. "Os resultados têm uma durabilidade de vários anos, como mostra a experiência científica mundial", explica o cirurgião. Por ser menos invasiva, a recuperação evolui de forma mais rápida. Nos primeiros sete dias, o paciente deve evitar a exposição em público. Mas, após 10 dias, em média, pode voltar ao convívio social. E até 30 dias após a intervenção deve recuperar seu aspecto normal, de acordo com Casagrande. O método clássico de suspensão de supercílio é mais traumático porque necessita de incisões grandes e apresenta uma recuperação mais prolongada. "Com a videocirurgia buscamos corrigir a queda da face ocasionada pela gravidade, devolvendo ao paciente alguns anos de jovialidade e suas expressões faciais de forma mais natural possível", acrescenta o cirurgião.
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