Que o protetor solar é indispensável, mesmo no inverno, todo mundo sabe. E até quem evita usá-lo já conhece a sua importância e as conseqüências que a grande exposição ao sol causa à pele. Muitas pessoas são adeptas aos bonés e chapéus, que ajudam a proteger o rosto dos raios solares. Mas como as roupas e acessórios não impedem totalmente a passagem dos raios solares, indústrias têxteis criaram roupas e acessórios com filtro solar.

A composição das peças não tem muito segredo. Na textura das roupas e acessórios há um material, feito à base de fibras, que bloqueia a passagem dos raios solares. Mesmo usando roupas ou bonés com filtro, o uso do protetor solar na pele ainda é necessário, principalmente nas regiões que costumam ficar expostas, como braços, pescoço e canelas. "O uso dos filtros solares, em creme ou gel, não pode ser descartado. Eles evitam o câncer de pele, contribuem na desaceleração das células mortas e, muitas vezes, ajudam na hidratação quando contém vitamina A, C e E na composição", diz o médico dermatologista do Hospital Albert Einstein, Dr. Mário Grinblat.

Essa proteção solar têxtil não é tão nova quanto possa parecer. No Brasil existem empresas que atuam desde 1998. As roupas contêm na composição fator FPU de 50 e a duração do filtro não tem prazo de validade. Mas afinal, o que é FPU? Assim como existe o FUV, que é o fator de proteção dos cremes, o FPU é o fator de proteção ultravioleta para tecidos. As peças são feitas à base de poliamida antiUV e confeccionadas com fio de dióxido de titânio.

Segundo o Dr. Mário Grinblat, a camada de pele do rosto é muito sensível e os bonés com FPU, por exemplo, protegem apenas o rosto da radiação direta, não da indireta (aquela que bate na água e no chão e volta, de baixo para cima). Por isso, não saia de casa sem passar protetor facial.