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Opinião
10/06/2007 - 09h53
Muito além da Taprobana
Milton Mira de Assumpção Filho
 
“Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas” evidencia tendência crescente de reencontro dos países e valorização das raízes culturais lusitanas.

Cerca de 35 milhões de brasileiros, número três vezes maior do que a população atual de Portugal, descendem de imigrantes desse país que para aqui se transferiram após o ano de 1850. Além disto, residem no Brasil aproximadamente 500 mil pessoas de nacionalidade portuguesa, vindas, na sua maioria, entre 1930 e 1960.

Verifica-se, hoje, um movimento crescente de portugueses, muitos ligados ao turismo, que compram propriedades em nosso país, principalmente no Nordeste. Além disso, Portugal amplia sua participação percentual nos investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira. Estudo da Fundação Seade - Sistema Estadual de Análise de Dados demonstra que, em 2005, em relação a 2004, os investimentos de origem lusitana em empreendimentos no Estado de São Paulo saltaram de nono para o quinto lugar no âmbito da União Européia, ficando à frente do aporte de capital produtivo feito por potências como Inglaterra e França. Os indicadores de 2006, relativos ao primeiro semestre, sinalizam a continuidade desse fluxo ascendente.

Em diversas frentes e setores de atividades, passado e presente reencontram-se nos laços históricos entre os dois países, conferindo especial significado ao Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas, comemorado em 10 de junho, data alusiva ao falecimento do fabuloso poeta, em 1580. Cada vez mais, os luso-descendentes procuram valorizar as raízes dos pais e avós.

Uma das iniciativas nesse sentido é o livro “Por que Portugal?”, da jornalista brasileira Denise Martinho Eid, que tivemos a iniciativa de publicar, não só por seu conteúdo, como por se enquadrar de modo muito harmonioso à tendência de redescoberta mútua das duas nações e resgate cultural. A obra é coerente com o movimento crescente de integração da lusofonia, ou seja, o conjunto de países de língua portuguesa, e não só no enredo e na equilibrada mescla que faz da ficção com a realidade turística e histórica de Portugal, mas também na linguagem, que prima pela valorização do idioma.

São muito importantes as iniciativas - da indústria, diplomacia, cultura, literatura, tecnologia e negócios em geral - voltadas à aproximação e consolidação do intercâmbio luso-brasileiro. As duas nações têm um passado em comum, compartilham um presente de redescoberta e desafios e, mais unidas, podem caminhar muito além da Taprobana, termo que Luís de Camões utilizou, no antológico “Os Lusíadas”, para definir o limite do mundo conhecido em sua época.


Nota do Editor: Milton Mira de Assumpção Filho, editor, presidente da M. Books (www.mbooks.com.br), é membro da Academia Brasileira de Marketing.

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